
Bernie – “Bom dia, meu amor. Dormiu bem?”
Gaby – “Muito bem, muito bem.”
Disse Gaby que já não aguentava de tanta saudade daquele beijo de Bernie. Naquela manhã os dois demoraram a sair da cama, ou melhor, do sofá-cama. Mas eles não fizeram nada, apenas estavam juntos. Passaram quase a manhã inteira abraçados conversando sobre os dois, sobre a maravilhosa surpresa que Bernie preparou.
Gaby – “Eu ainda não acredito em tudo o que você fez ontem a noite. Estava tudo perfeito.”
Bernie – “Você não sabe como me faz feliz falando essas coisas, meu amor. Tudo o que eu fiz foi pra você, assim como tudo o que eu digo, tudo o que eu penso. Eu te amo, meu amor. E se você ainda não tenha entendido, eu repito quantas vezes você quiser: EU TE A-MO”
Ela abriu um sorriso tímido e abraçou ainda mais forte à Bernie. Ele não conseguia entender porque tanto medo dela, para dizer que o amava. Estavam só os dois ali, não tinha porque ela não falar algo tão simples. Mas no fundo Bernie sabia que Gaby não conseguiria dizer algo assim se não fosse mais do que sincero, então esperar era o melhor remédio.
Gaby – “Acho que já podemos levantar né?! O sol já está brilhando e pra ser sincera estou mooooorta de fome. A culpa dessa fome é sua!”
Os dois riram e decidiram levantar para tomar café. Ainda faltavam dois dias juntos e finalmente Gaby havia esquecido a preocupação e estava totalmente focada nos momentos com Bernie.
Os dois passaram o dia muito bem. Fizeram tudo juntos. O amor estava no ar (mesmo que Gaby não quisesse dizer) e nada no mundo poderia separar os dois naquele momento.
Sol, praia, frutas... um clima total de verão. Assim seguiram os dias que os dois passaram ali. Quase que em uma lua-de-mel, Gaby e Bernie aproveitaram tudo, o tempo juntos, a piscina, a cama e os banhos. Mas infelizmente o tempo passa e os dois precisavam voltar para casa.
No ultimo dia na casa de praia que Bernie arrumou para os dois, Gaby estava triste e não fazia questão de esconder, mas Bernie achava graça. A tristeza dela apenas era um sintoma de saudade, da saudade que os dois sabiam que sentiriam daqueles momentos juntos, só os dois.
Gaby – “Ay, Bernie. Ultimo dia nesse paraíso. Agora não teremos mais folga nas gravações e não sei quando vamos nos ver de novo.”
Bernie – “Não fica assim, meu amor, ainda temos um dia inteiro para aproveitar.” – Disse Bernie, rindo do modo como Gaby falava.
Gaby – “Mas você sabe que quando a gente voltar, tudo será diferente. Lembre-se de que ninguém pode ficar sabendo de nós dois. Minha mãe é a única pessoa que sabe, e espero que siga sendo assim.”
As palavras de Gaby foram suficientes para tirar o sorriso de Bernie do rosto, afinal de contas, por mais que ele gostasse de Gaby, ele não concordava muito com manter o relacionamento escondido, mas para ficar com Gaby ele aceitou, mesmo não concordando.
Bernie – “Não sei porquê você tem que me lembrar isso a todo momento. Já sei todo o discurso.”
Gaby olhou para ele com um sorrisinho, ela tinha percebido que não precisava falar isso, mas era legal ver a carinha de Bernie emburrada. Sem deixar ele chateado por muito tempo Gaby chegou logo mais perto dele.
Gaby – “Hey. Psiu. Não fica assim não. Lembra que a gente ainda tem um dia inteiro juntos? Então vamos aproveitar.” – Disse Gaby que deu um beijão em Bernie e o jogou na cama.
Pronto, já era suficiente para ele esquecer tudo o que ela tinha falado que o magoou. Pra falar a verdade, bastava um sorriso de Gaby pra tirar ele do mau humor.
Gaby tomou conta daquela tarde maravilhosa, a ultima juntos, antes de voltarem para casa. Tirou toda a roupa de Bernie e entre inúmeras brincadeiras foi tirando a própria roupa aos poucos e deixando Bernie cada vez mais louco. Encaixada na cintura de Bernie, Gaby fazia com que ele delirasse. Os dois estavam conectados, não só de corpo, mas também em pensamento.
Ao final da tarde os dois estavam deitados, olhando um para o outro, sem coragem de falar que era a hora de voltar pra casa. O abraço dos dois parecia eterno. Era a eternidade que eles desejavam, mas infelizmente aquilo não era possível.
Bernie – “Gaby, meu amor, chegou a hora. Temos que ir.”
Gaby sem querer esboçar alguma reação, fingiu que estava tudo bem e levantou da cama, se fazendo de forte e arrumando as suas coisas. Bernie só ficou na cama, olhando Gaby e pensando no quanto foi bom estar com ela. Não demorou muito ele levantou arrumou as coisas e os dois já estavam prontos para ir embora.
Os dois saíram da casa, e Bernie levou a mala de Gaby até o carro dela. Um de frente para o outro. Não sabiam o que dizer. E então Bernie abraçou Gaby e ela então deixou uma lagrima cair. Ele ficou sem entender.
Bernie – “Meu amor, não chora. Em breve estaremos juntos de novo.”
E os dois deram um longo beijo, para fechar aqueles dias tão maravilhosos que passaram juntos. E Gaby já não chorava mais, apenas mantinha um sorriso escancarado de mulher apaixonada.
Gaby chegou em casa morta de saudade de seu filho. Assim que abriu a porta de casa, Gabriel veio correndo para dar um abraço.
Gabo – “Mamãe, como eu senti saudade. Tenho tanta coisa pra te contar. Vou contar tudo o que aconteceu aqui enquanto você não estava. Você não sabe, na escola...”
Gabo estava tão contente que sua mãe estava ali que nem deixou ela falar nada, foi contando tudo o que tinha acontecido, e Gaby que também estava com saudade sentou com ele no sofá e escutou tuuudo o que ele tinha pra dizer.
Mais tarde quando Gabo já tinha ido deitar, Gaby finalmente conseguiu falar com sua mãe. Já estava tarde e Gaby iria gravar cedo, então foi uma conversa rápida.
Norma – “Já sei que foi tudo maravilhoso.”
Gaby – “Como você sabe, mãe?”
Norma – “Ay meu amor, está na sua cara. Quando estamos felizes não adianta tentar esconder. E ainda mais esse tipo de felicidade. A pele fica mais bonita, o brilho no olhar realça ainda mais o rosto, o cabelo nunca ficou tão lindo... Essas coisas são assim, naturais. E por mais que você não queira mostrar, não consegue.”
Falando isso, a mãe de Gaby deu um beijo de boa noite na filha e subiu para o quarto. Gaby ainda ficou na sala assustada com o que tinha acabado de escutar. Se estava tudo tão na cara assim como ela conseguiria esconder da imprensa, justo a imprensa que presta tanta atenção em tudo, em cada detalhe para que possa conseguir uma notícia e vender nas bancas. Não, aquilo não ia dar certo, ela precisava fazer alguma coisa para que ninguém percebesse.
Gaby – “Não vou conseguir terminar tudo com ele. Mas também não quero encarar as opiniões de todo mundo. Meu Deus, o que eu vou fazer? Amanhã tem gravação, não posso dar bandeira. Ninguém vai desconfiar, ninguém.”
Gaby subiu as escadas pensando no que ela faria no dia seguinte. Deitou-se na cama e quase não dormiu preocupada com o primeiro encontro dos dois no meio de tanta gente, tanta gente que ela não queria que soubesse do que estava acontecendo.