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Gaby – “Claro que não, Carol. ACORDA. Não é nada disso.”
 
Carol – “Ah não é não? Claro que é, Gabriela, você está ai. Parou A sua VIDA em virtude de um AMIGO? Claro que não. Você está apaixonada por ele sim.!
 
      Gaby parou e olhou em volta e percebeu que realmente tinha esquecido da sua vida particular. Mal passava um tempo em casa. A geladeira estava praticamente vazia, algumas coisas estavam espalhadas pela mesa e ela nem conseguia se lembrar da ultima vez que saiu com algum amigo que não fosse Bernie. Mesmo assim ela quis negar tudo o que estava acontecendo.
 
Gaby – “Não, Carol. Não estou apaixonada. Estou encantada. Você não entende, com o Bernie é outra coisa... é diferente, não é paixão.”
 
Carol – “Acho que é você que não quer ver.”
 
Gaby – “Ta bom, amiga. Depois falamos sobre isso tá??? Preciso arrumar umas coisas aqui. Nos falamos depois tá?”
 
      Carol desligou o telefone pensando que tinha convencido Gaby de alguma coisa, mas Gaby realmente não queria ver. Desligou o telefone, ligou o som, com uma música bem acelerada e começou a reorganizar todo o seu apartamento. Ainda sim, Gaby não consegui parar de pensar no que Carol tinha falado.
 
Gaby – “É que a Carol não entende que nem eu posso me apaixonar por ele, e nem ele pode se apaixonar por mim. Foi o nosso trato. Combinamos desse jeito. É bom assim porque não temos compromisso, não temos obrigações...” – Ela tentava ser racional enquanto arrumava a cozinha.
 
      Bernie já estava em casa, esperando por uma ligação de Gaby. Quem sabe os dois não podiam sair para aproveitar o tempo que não estavam, juntos?
 
Bernie – “Seria muito forçado se eu ligasse né?! Não, vou ficar aqui esperando ela vir falar comigo. Se ela não me ligar até a noite eu vou lá na casa dela e faço a mesma coisa que fiz ontem.” – Bernie já se imaginava segurando Gaby nos braços.
 
      O dia passou e ela não ligou, a noite estava quase chegando quando Gaby finalmente conseguiu acabar toda arrumação do seu apartamento. Ela tomou um banho e mudou a musica. Colocou algo mais lento, para que pudesse relaxar.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
      Gaby estava quase sentando no sofá quando viu um único papel amassado, caído atrás da mesa da sala, perto da lixeira. E lá estava, a carta incompleta que Bernie, por descuido, deixou na lixeira.
 
 
“Gaby, espero que esteja melhor. Caso você não se lembre, bebeu um pouco demais e eu te trouxe para casa. Fique tranquila que não aconteceu nada demais. Não sei como, mas eu consegui resistir às suas investidas, suas carícias e aos seus beijos. Não é fácil te amar por tanto tempo e ter você tão longe de mim. Não posso deixar de te amar, Tantos anos que esperei por um beijo seu e agora acho que você nem se lembra. Te amo, Gaby e não posso estar longe de ...”  Bernie não tinha nem terminado de escrever, foi suficiente para Gaby finalmente perceber que ele sempre esteve apaixonado por ela.
 
      Os olhos dela se encheram de lagrimas, mas não eram de felicidade. Gaby estava com raiva. Não pensou duas vezes, com a carta na mão ela pegou a bolsa, as chaves do carro e saiu correndo para a casa de Bernie. Entrou no carro e tinha o pensamento fixo e o olhar longe. Uma vontade de chorar imensa, mas segurou as lágrimas nos olhos, sem deixar que nenhuma rolasse no rosto.
 
      Ela chegou no apartamento de Bernie e subiu as escadas quase correndo e bateu na porta com força. Bernie abriu a porta e se surpreendeu com Gaby que entrou correndo dentro da casa dele. Com a carta na mão.
 
Gaby  - “Pode me explicar o que é isso?” – Bernie percebeu na hora do que se tratava aquele papel. – “Como você pôde estragar tudo? Por que fez isso comigo?” – Gaby finalmente deixou as lágrimas rolarem.
 
Bernie – “Gaby, você está entendendo as coisas de maneira errada. Estamos apaixonados.”
 
Gaby – “Quem está errado é você...”
 
Bernie – “Eu sei que você me ama, tenho certeza... Nós dois....” – Gaby o calou com um beijo intenso. Deixou a bolsa cair e entrelaçou seus braços no pescoço dele.
 
Gaby – “É a nossa despedida. Não posso te amar.”
 
       Bernie sentiu raiva e desejo ao mesmo tempo. Pegou Gaby pela cintura com força e tirou os pés dela do chão. Gaby bateu com as costas na parede e colocou os pés no chão enquanto Bernie abaixou a calça e levantou o vestido dela. Era tudo muito rápido. Gaby colocou uma das pernas na cintura dele e soltou um grito sufocado de prazer. Não demorou muito para que Gaby sentisse sua perna fraquejar. Bernie percebeu e puxou a outra perna para cima da cintura dele também. Empurrou ainda mais o corpo de Gaby contra a parede.  
 
      Os dois foram para o quarto e caíram na cama. Bernie prendeu as mãos de Gaby em cima. Levava seu corpo para cima e para baixo, e olhando nos olhos dela, Gaby não parava de gritar. Tentou beijá-lo, mas ele não deixou. As mãos dela ainda estavam presas.  Bernie a satisfez daquela forma. Foi apenas sexo, se era isso que Gaby queria com ele, foi isso que ela teve.
 
Os dois terminaram abraçados. Gaby tentou esconder seu choro enquanto Bernie fingia que estava dormindo.
 
Gaby – “Eu estava errada. Não posso estar sem você. Não vou mais me separar.” – assim ela dormiu.
 
Bernie esperou um pouco, levantou da cama e com lágrimas nos olhos foi embora. 

Capítulo 27

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