
Bernie – “NÃO, MÃE. ESPERA!!!”
Os dois levantaram correndo. Não sabiam pra onde ir, o que fazer e nem o que falar.
Bernie – “Deixa que eu vou lá acorda-la.”
“Onde já se viu você ir até o quarto dela. Você é só amigo. Anda logo... E vê se destranca essa porta.”
Gaby não aguentou, depois desse comentário da mãe de Bernie começou a rir o mais baixo possível. Logo a mãe de Bernie saiu da porta do quarto e foi a caminho do quarto de Gaby. Ele abriu a porta com cuidado e percebeu que a mãe dele estava entrando no quarto de Gaby, ela então correu para o banheiro que ficava de frente para o quarto de Bernie.
“Ah, Gaby. Você está ai. Levantou cedo. Vamos descer pra tomar café.”
Mais uma vez Gaby segurou o riso encontrou Bernie no meio do corredor e desceram os três para tomar café. O pai de Bernie já estava na mesa, esperando.
Pai – “Dormiram bem?”
Gaby pegou um dos morangos que estava na mesa, morreu pela metade e ainda com a boca cheia respondeu. “Muito bem.”
Mãe – “E então, Gaby? Já tem em vista outra novela?”
Gaby – “Aah não, por enquanto não. Vou me afastar um pouco. Quero férias maiores, sabe?”
Mãe – “Sei... Já que está de férias, como vai aproveitar? Em casa ? Não né?”
Gaby – “Bom, quase isso. Essa semana viajo para Venezuela. Vou matar a saudade da minha família, da minha casa...”
Bernie não conseguiu evitar a cara de surpresa. Gaby não tinha falado absolutamente nada para ele.
Bernie – “Vai ficar lá por quanto tempo?” – Ele perguntou fingindo uma curiosidade desinteressada.
Gaby – “Acho que umas 2 ou três semanas.” – Ela respondeu com um sorriso no rosto, como se tivesse esquecido o que tinha no meio daquelas semanas. Gaby só estaria na Venezuela por uma semana, mas é claro que ela não podia falar isso.
O café da manhã ficou com um clima meio estranho. Do nada Bernie tinha ficado desanimado. Era nítido. Todos perceberam, mas Gaby continuava fingindo não se importar. Logo que acabaram de comer os dois pegaram a estrada de volta. Gaby voltou falando do seu pais, da saudade que estava da mãe... Estava falando pra provocar mesmo. Bernie então passou a fingir uma satisfação.
Os dois chegaram na casa de Gaby rindo. Tudo já havia voltado ao normal. Brincadeiras, piadas...
Gaby – “Obrigada por me deixar ir com você.”
Bernie – “E por acabar com a sua curiosidade? Não vai me agradecer?”
Gaby – “Hmmn... Obrigada por acabar com a minha curiosidade.”
Bernie – “Nada. Estamos ai pra isso.” – Os dois começaram a rir de novo. Gaby deu um tapa no ombro de Bernie e um beijo na bochecha. E voltou pra casa ainda rindo das brincadeiras bobas que Bernie falava.
Ela entrou em casa, largou a mochila no sofá e foi direto pra cama. Estava cansada demais para fazer alguma coisa, mas também não conseguira dormir, estava se sentindo feliz demais para dormir. Resolveu então ligar para Carol.
Carol –“É você mesmo, Gabriela? Não posso acreditar que lembrou que eu existo.”
Gaby – “Ay que drama. To te ligando por que quero te agradecer pela ideia.”
Carol – “hmmmn... Vai me dizer que encontrou outro gatinho na pista?”
Gaby – “Claro que não. É por causa do Bernie mesmo.”
Carol – “Eu já falei o que eu penso sobre isso. Você tem que conhecer outras pessoas, Gaby. Não adianta não ter compromisso e ficar só com ele. Qual é a vantagem?”
Gaby – “Cruzes, Carol. Parece até que cada noite eu tenho que estar com um. Pelo amor de Deus, né?!”
Carol – “Não to falando isso. Mas pelo menos mais um amigo você tem que ter. Assim parece que você está apaixonada por ele.”
Gaby - “Te ligo depois. Estão batendo na porta.”
Não tinha ninguém batendo à porta, mas a conversa não estava agradando Gaby, então ela arrumou um pretexto para desligar o telefone. Gaby levantou da cama e foi arrumar sua mala. Viajaria em dois dias e ainda tinha muita coisa para fazer. Era melhor deixar, pelo menos, a mala pronta.
Gaby almoçou e foi deitar, realmente precisava descansar. O dia anterior tinha sido exaustivo.
“Os dois estavam na piscina. Gaby não tinha nenhum dos pés no chão, os dois estavam na cintura dele. Ele segurava a cintura dela com uma das mãos, fazendo o corpo dessa subir e descer. A outra mão estava dentro do cabelo de Gaby. Ele apertava e puxava para que o pescoço dela ficasse livre para suas carícias. O prazer era grande e Gaby não conseguia abrir o olho, nem para ver quem era ele.”
Bernie chegou em casa e caiu na cama. Estava muito feliz por tudo o que tinha acontecido, até lembrar da viagem de Gaby.
“Caramba, será que ela esqueceu? Eu pensei que o nosso relacionamento estava ficando sério. Quer dizer, ela não está saindo com mais ninguém, não recusa meus convites para sair... Mas ela nem se preocupou em me avisar dessa viagem, muito menos de avisar que ia voltar depois do dia 5 de julho.”