Bernie imediatamente pediu a conta. Os dois afastaram seus corpos para não voltarem a cair na tentação, afinal de contas eles estavam em um restaurante. O garçom logo chegou com a conta. Gaby e Bernie se entreolhavam. Tinham vontade de rir diante da situação, mas talvez essa vontade fosse culpa do nervosismo.
 
      Os dois entraram no carro e começaram a comentar as caras que as pessoas fizeram ao olhar os dois.
 
Gaby  -“Tinha uma que estava tentando não olhar, mas toda hora virava o rosto pra ver a gente.” – E Gaby  gargalhava.
 
Bernie – “E o garçom? Estava muito sem jeito. Não sabia nem o que falar.”
 
Gaby – “Eu vi. Ele falou até mais baixo e, claro, não conseguiu olhar na minha cara.”
 
Bernie – “Também se ele tivesse feito isso você não ia se segurar, não é, Gabriela?”
 
Gaby – “Não ia mesmo” – Ela respondeu entre mais gargalhadas e tentativas de puxar o ar.
 
     Os dois chegaram no apartamento de Bernie. Já era muito tarde, e era preciso manter o silêncio para não acordar ninguém no prédio, mas as vezes a tentativa de segurar um riso pode causar sons mais altos que o próprio riso.
 
      Entre reclamações os dois atravessaram o corredor quase correndo. Estavam loucos para entrar no apartamento e finalmente gargalhar em paz. Bernie abriu a porta, os dois entraram e ele rapidamente fechou. Gaby tirou os sapatos, deixando-os ali mesmo, na porta. Colocou sua bolsa na mesa e foi direto para a cozinha. Sem dúvida os dois precisavam de uma agua.
 
Gaby – “Você é louco...” – Ainda sem parar de rir – “Amanhã você será desalojado por perturbação pública.”
 
Bernie – “KKKKKK e a culpa vai ser sua.”
 
Gaby – “Tá, já chega.” – ela parou de gargalhar e com um sorriso lindo no rosto, respirou fundo – “Deixa eu beber agua em paz.”
 
      Os dois encararam um copo d’agua com a maior concentração do mundo para que não voltassem a rir no meio do gole. Claro que não podiam olhar um para o outro, caso contrário, toda concentração seria inútil e o riso ia voltar no meio do copo d’agua.
 
Gaby – “Definitivamente, Você não presta, Bernie Paz.” – pronto, o tom irônico de Gaby já tinha trago a gargalhada para a conversa.
 
Bernie – “Que ótimo. A culpa de tudo agora é minha?” – Os dois foram andando em direção à sala.
 
Gaby – “Claro, minha é que não é.” Os dois chegaram perto do sofá, Bernie tirou os sapatos, tirou a carteira do bolso e jogou na mesinha que estava na sua frente. Foi o suficiente para desequilibrá-lo. Ele caiu no sofá, dando à Gaby mais um belo motivo para rir. Ela tentou tirá-lo do sofá, mas Bernie se apoiou no controle do rádio e voltou a cair no sofá. Dessa vez, puxou Gaby que Caiu bem coladinha dele. O radio ligou e Bernie nem se preocupou em desliga-lo.
 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
      A gargalhada sessou e deu espaço a um sorriso autêntico e simples. Os dois se entreolharam. Olhos nos olhos, foram chegando seus lábios mais perto ainda, até que a proximidade os obrigasse a fechar os olhos e se render a um beijo suave. Gaby da mesma forma que fez no restaurante, apertava as coxas de Bernie e ele acariciava o rosto dela com delicadeza.
 
      Em poucos minutos os dois já estavam no quarto. Em pé, do lado da cama, Gaby tinha seu corpo todo colado ao de Bernie, enquanto ele, chupava sua nuca, fazendo a respiração dela ficar ainda mais forte. Os dois se beijavam mais forte ainda, mas Gaby se afastou para tirar a blusa, aproveitou e tirou a de Bernie também, o mais rápido possível, para que seus lábios pudessem voltar a se encontrar, dessa vez ainda mais forte, tão forte que os derrubou na cama.
 
      Bernie mais uma vez beijava com intensidade o pescoço de Gaby. Agora na cama, Gaby conseguia esconder seus dedos no cabelo de Bernie e o obrigar a beija-la ainda mais. Ele descia a mão, da cintura dela até as coxas, onde apertava (mesmo em cima do jeans). Gaby começou a segurar os beijos e se mexer na cama. De repente Gaby tirou Bernie se cima e sentou na cama, apoiando sua cabeça na cabeceira.
 
Bernie – “O que houve?”
 
Gaby –“É que eu tenho que esclarecer uma coisa. Eu não estou apaixonada... Quer dizer, não é que eu não esteja apaixonada. É que..”
 
Bernie –“Curiosidade?”
 
Gaby – “Não. Quer dizer é, um pouco... Seus beijos são tão deliciosos.“
 
Bernie – “Desejo?”
 
Gaby – “Não... Bernie, não estou pronta pra um relacionamento, mas não descobri o que tô sentindo.”
 
Bernie – “Deixa que a gente descobre o que é isso amanhã. Aproveita hoje.”
 
       Ele, que estava do lado de Gaby, segurou a cintura dela, e a trouxe de volta para ele. Voltaram à mesma posição de antes. Ele se afastou dela e puxou a calça jeans até os pés de Gaby e voltou acariciando e beijando cada parte do corpo dela. Puxou a calcinha dela e por fim se encaixou entre as pernas de Gaby, que se abriram delicadamente para dar espaço ao corpo de Bernie.
 
      E assim os dois se movimentavam juntos. Gaby não entrelaçou suas pernas na cintura de Bernie, não tinha forças para isso. Colocou a sola do pé inteira na cama e à medida que o prazer aumentava, ela levantava a cintura. Bernie afastou seu porco do dela para que pudesse dar ainda mais prazer, deixando os movimentos mais acelerados. Ele pegava na cintura de Gaby com carinho, mas firme. Passava a mão pela barriga dela e as vezes se abaixava para beijar seus seios. Gaby delirava cada vez que ele fazia isso.
 
      Os dois ainda estavam meio tímidos (se é que isso é possível.) Não falavam nada um com o outro, mas mesmo assim Bernie já sabia como dar prazer à Gaby. A única coisa que saia da boca de Gaby eram os gritos sufocados pelo prazer. Vendo que Gaby já estava em êxtase, ele acelerou ainda mais, o máximo possível, para que ela sentisse todo o prazer do mundo. O tom dos gritos de Gaby iam aumentando até ela alcançar o orgasmo junto com Bernie. Ainda ligados os dois se beijaram com vontade, com desejo.
 
      Os corpos estavam suados, mas isso não importava naquele momento. O corpo de Gaby estava vibrando por inteiro, o de Bernie então nem se fala. Ela o beijou mais uma vez e ele por fim saiu de cima dela. Ela, abraçada na cintura. Os dois estavam ali, sem acreditar  no que tinha acabado de acontecer. Não falaram mais nada naquela noite, apenas pensavam.
 
Bernie – “Meu amor, meu único e eterno amor. “
 
Gaby – “Não posso acreditar que era você. O homem ideal dos meus sonhos é você.”