
Bernie desligou o telefone com um sorriso incrédulo no rosto. Absolutamente nada garantia a ele que a noite seria aquela esperada por ele a tanto tempo, mas seu coração pulava, e a felicidade mais parecia vazar pela pele.
Bernie – “O que será que a Carol aprontou?”
É claro que Bernie não aguentou e logo ligou para ela, mas Carol não atendeu o telefone. O que deixou Bernie preocupado. “Será que aconteceu alguma coisa e ela vai cancelar? Claro que não.” Era engraçado como ele conseguia entrar em contradição por pensamento. Ele mesmo levantava problemas e soluções. Típico de um adolescente apaixonado. Sendo ele adolescente ou não, é assim que a paixão nos deixa, bem mais jovens e muito mais animados.
Bernie – “Nossa, eu preciso arrumar esse apartamento. Quem Sabe ela não vem pra cá depois da Boate. Que absurdo, Bernie, você está pensando em trazer ela pro seu apartamento na primeira noite... Espera ai. É só uma boate com os amigos. É melhor eu agir naturalmente e não criar expectativas... De qualquer forma vou ao mercado abastecer a geladeira. Ainda preciso comprar morango.”
Ele se arrumou e saiu de casa. Gaby estava na cama dela, deitada e pensativa, mas por mais deprê que estivesse a fome prevalece. Abriu a porta da geladeira e... NADA. Só tinha uma saída: supermercado.
Os dois se encontraram bem na porta. Milhares de pessoas que passavam para entrar e sair do mercado não conseguiam entender o motivo da risada dos dois, mas não precisavam entender nada. Estava tudo perfeito, se não fosse por uma pessoa que também decidiu ir ao mercado.
Carlos – “Nossa! Como você me esqueceu rápido. Eu sempre desconfiei que entre vocês tinha alguma coisa.”
Gaby – “Ay por favor, não te devo satisfação de nada mais.” – Logo que ela terminou de falar, veio a ‘prima’ de Carlos, toda carinhosa para falar com ele. Ele olhou para Gaby numa tentativa de explicar o que estava acontecendo – “Assim como você não me deve nenhuma explicação a mim.”
Gaby e Bernie já tinham pego tudo o que queriam e foram direto embora. Cada um pra sua casa, sem falar nada mais. Bernie entrou em casa todo desanimado, estava crente que a boate seria cancelada.
A noite caiu e Gaby se arrumou como se fosse o dia mais especial da sua vida.Com um vestido rosa e curto ela se maquiava. Interrompeu seu trabalho para ligar para Bernie e pedir que ele passasse lá pra busca-la, ela não queria ir de carro.
Bernie se assustou com a ligação, mas estava tudo certo, em menos de 15 min Bernie já tinha se arrumado e estava preparado para sair.
Bernie – “Já estou aqui em baixo no seu apartamento. Te espero.” – Ele desligou o telefone e o coração continuava acelerando cada vez mais. Quando Gaby abriu a porta ele ficou estático. Não era comum vê-la de pernas de fora e muito menos com um vestido que marcasse tão bem suas curvas. Gaby tirou Bernie do transe quando bateu na porta do carro. Ele automaticamente abriu a porta, ela se sentou do lado dele e abriu um sorriso.
Gaby – “Vamos?? Carol e Juan nos esperam na porta da Boate.”
Os dois foram ao encontro do casal de amigos. Gaby estava decidida, naquela noite ia esquecer tudo o que teve com Carlos. Ele era um ignorante, não valia a pena sofrer por ele. Então a noite seria inesquecível.
Carol – “Ay até que enfim os dois chegaram. Já estava louca. A noite vai ser BABADOOOOOO”
Gaby – “Só você mesmo. VAMOS CURTIIIIIR”
Logo que entraram na boate, encontraram uma mesa que estava de frente para a pista de dança e ao lado do Barman. Lugar perfeito. Gaby logo pediu uma dose e virou direto sem esperar ninguém para acompanha-la. Carol, Juan e Bernie estranharam, mas estava claro que o que ela queria era beber.
A noite foi passando, a conversa dos quatro era a mais engraçada possível. Bernie e Juan não Beberam, já que iam voltar dirigindo, enquanto isso Gaby e Carol aproveitaram. Carol já estava mais do que acostumada a beber e por isso não se alterou muito, mas Gaby já estava ficando visivelmente bêbada.
A boate já estava ficando vazia, afinal de contas já estava muito tarde. O Dj começou a tocar musicas mais lentas, típico de fim de festa. Carol e Juan entraram num clima e foram para um sofá que tinha ali perto. Apenas entre beijos e abraços os dois ficaram.
Gaby logo se levantou, meio tonta, e puxou Bernie.
Gaby – “Vamos dançar. Adoro essa música!”
Gaby entrelaçou seus braços no pescoço de Bernie e colou seu rosto no dele. Bernie, com bastante cuidado abraçou a cintura dela. Já não havia quase ninguém dançando, os dois estavam no meio da pista, como um casal de namorados apaixonados, mas Gaby, bêbada, começou a falar de Carlos.
Gaby – “Você sabe que ele não presta. Onde já se viu, ...”
Bernie só queria concentrar-se em não lembrar de tudo o que Gaby significava para ele. Ele já não sabia mais como fazer pra ela entender o que estava acontecendo. Mas cada passo levado pela música o fazia sentir o corpo todo dela, grudado no seu, a voz dela que falava ao seu ouvido, as mãos dela entrelaçadas no seu corpo, era impossível.
Gaby foi trazendo seu pescoço para traz, a música a embalava num clima sem igual. Bochecha com bochecha. Nariz com nariz, olhos nos olhos e por fim: lábios nos lábios. Bernie não resistiu, e Gaby tão pouco se esforçou para evitar o beijo. Ela apertou ainda mais os braços para que prendesse Bernie no delicioso beijo. Ele totalmente em êxtase, apertou a cintura dela. Ela desceu uma das mãos pelo peito de Bernie e agarrou a cintura dele, possibilitando que ele a segurasse pela nuca e deixasse o beijo ainda mais irresistível. Bernie se afastou aos poucos e quando ia tentar se desculpar, Gaby falou entre gargalhadas alcoolizadas:
Gaby – “Nossa, como você beija bem. Kkkkkkkkk”
Ele não teve outra opção. Estava claro que já estava na hora de deixar Gaby em casa. Ele então se despediu de Carol, que assistia tudo do sofá. Juan o ajudou a levar Gaby para o carro. Estava claro que ela tinha passado dos limites.
Até chegarem à casa de Gaby, ela dormiu. Bernie a acordou para que pudessem subir para o apartamento. Gaby nem conseguia andar sozinha. Subiram de elevador e assim que a porta se abriu, Gaby puxou Bernie pela camisa e foi levando-o para o quarto. Ele nem podia acreditar no que estava acontecendo.
Bernie fechou a porta com a perna e foi junto com Gaby para o quarto. Ela, assim que entrou no quarto já tirou os sapatos e puxou Bernie para mais um delicioso beijo. Enquanto seus lábios estavam colados Gaby tentava desabotoar a camisa de Bernie, que tentava se afastar dela. Por mais que ele a amasse, não podia dormir com ela tão bêbada, como estava.
Bernie – “Gaby, por favor.”
Gaby – “Não. Eu quero. E quero agora.”
Aquelas palavras vindas da boca de Gaby deixavam Bernie louco, mas logo em seguida ele percebia como ela estava bêbada. Os dois chegaram mais perto da cama. Gaby tirou a blusa de Bernie e a jogou no chão. Começou a chupar o pescoço dele e passar a mão pelo resto do corpo de Bernie, que ainda permanecia forte, e tentava se afastar, até que ela tirasse o vestido.
Quando ele a viu de calcinha e sutiã já não conseguia mais negar nada a ela. Ele então a tomou nos braços e deu um beijo muito mais intenso do que o da boate. Beijou com vontade. Gaby ficou sem ar e os dois caíram na cama. Gaby adormeceu da mesma forma que caiu: deitava sobre o corpo de Bernie. Ele fechou os olhos numa tentativa de se acalmar. Colocou Gaby mais confortável na cama e a cobriu com o lençol.
Bernie – “Foi melhor assim.” – Dizia ele passando a mão no rosto de Gaby. – “Não ia suportar a ideia de dormir com você bêbada. Mas ainda sim estarei sempre contigo. Te amo, Gaby. Te amo demais!”
Capítulo 6
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