
Gaby – “Mas eu vou sentir muita saudade, amor. Não tem outro jeito?”
Bernie com uma voz triste respondeu, sem escolhas.
Bernie - “Infelizmente não, meu amor. Você sabe que não posso pedir pra outra pessoa fazer isso por mim. Mas você poderia vir comigo.”
Gaby – “Bernie já firmei contrato pra novela. Não posso sair do País, não agora.”
Um silêncio triste tomou conta da conversa, embora todos estivessem conversando no restaurante. Gaby chegou mais perto de seu marido ,o sofá que cercava a mesa do restaurante permitia isso. Era o mesmo restaurante que precedeu a primeira noite dos dois ‘amigos.’
Com Gaby de costas, Bernie a abraçou e os dois permaneceram em silencio por mais um tempo. A mãe de Bernie estava mal e precisaria fazer um tratamento longo, não tinha jeito, Bernie precisava ir para o Peru, a mãe dele estava precisando dele, mas o período de 5 meses para um casal que era casado a apenas 6, parecia uma eternidade e sem dúvida um teste muito difícil para o amor dos dois.
Gaby – “Meu amor, você promete que vai me ligar todos os dias? Promete que vamos nos falar durante o dia e que mesmo longe você não vai me deixar sozinha?”
Bernie – “Eu te prometo. Prometo que vamos nos falar todos os dias, prometo que nunca te deixarei sozinha, mesmo estando longe...” – Ele se afastou do abraço e olhou nos olhos de Gaby – “E prometo te amar para o resto da minha vida.”
Bernie passou a mão no rosto de Gaby. Com a mão dele no queixo, Gaby chegou mais perto até que os dois pudessem se beijar. Um beijo suave que quando terminou deu lugar a um abraço de uma saudade que já existia antes mesmo dos dois se afastarem.
Bernie – “Meu amor, acho melhor irmos pra casa. Lembra que hoje vamos para o nosso esconderijo?”
Gaby finalmente abriu um sorriso. Era a ultima semana de Bernie no México. E o combinado era passar uns dias longe de tudo, uns dias só eles dois, mas Bernie armou um encontro surpresa.
Bernie – “Precisamos chegar lá o mais rápido possível, afinal de contas, estão nos esperando.” – Gaby não entendeu nada.
Gaby – “Quem está nos esperando? Não seriamos só nós dois essa semana? Uma semana inteira só pra gente, foi o combinado.”
Bernie – “Eu sei, meu amor. Mas mudei de ideia. Vai ser uma coisinha simples, eu prometo.”
Sem dar chances pra Bernie falar, Gaby logo fechou a cara. Queria aproveita a semana que restava com seu marido. Eram recém-casados, porque ele não podia deixar a reunião com os amigos pra outro dia? Ou pelo menos tivesse avisado a ela. Estava tão emburrada que não quis saber o porquê de todos estarem esperando por eles.
Assim que chegaram, Gaby saiu do carro e viu que estavam todos no jardim da casa. Mas não havia muita gente. Bernie chamou apenas os amigos mais próximos, e a família de Gaby. Carol foi a primeira à gritar a amiga e abraça-la.
Carol – “Quer dizer que esse homem finalmente vai me deixar passar mais tempo com você?!” – Carol, como sempre brincalhona, soube arrancar sorrisos de Gaby, mas gargalhadas, naquele momento, eram impossíveis.
Depois que todos se apresentaram Gaby percebeu que Bernie pegou o microfone. Seu coração gelou. O que ele iria fazer?
Bernie – “Boa tarde, meus amigos. Eu queria agradecer a presença de todos aqui. Dizer que não quero saber de despedidas, porque eu volto o mais rápido possível e, se Deus quiser, com a minha mãe curada. Chamei vocês aqui porque eu queria testemunhas.” - Ele olhou pra Gaby. - “Gaby, meu amor, eu sei que vamos nos afastar. Sei que a distância não é algo fácil, mas aqui, com todos os nossos amigos, diante da sua família, eu quero te dizer que vou estar com você sempre. Eu acredito em você, eu acredito no nosso amor e essa distância não vai nos separar. Eu te amo, minha esposa! Te dedico a nossa musica.”
Gaby já estava cheia de lágrimas... A musica começou a tocar e ele chegou mais perto de Gaby.
Gaby abriu um sorriso. Bernie abriu outro e os dois se beijaram delicadamente. Todos aplaudiam o amor que parecia indestrutível. E a musica tocava numa tranquilidade e num ritmo que levou todos para mais perto pra escutarem as meninas que subiram no palco pra cantar.
Bernie, aproveitou que todos se distraíram, pegou a mão de Gaby e à levou mata a dentro, àquele lugar que só os dois sabiam chegar, o esconderijo. A cabana que havia, seis meses depois virou uma mini casa. Um cômodo só. Apenas um quarto para que os dois matassem a saudade.
Bernie – “Aqui podemos ficar a sós e escutar a nossa música. Longe das pessoas e longe dos problemas.” - Bernie abraçou Gaby pela cintura. – “Eu te amo, meu amor. Te amo ainda mais.”
Gaby não falou nada. Encostou bochecha com bochecha e fechou os olhos. Acariciou as costas dele, passou a mão pelo braço de Bernie e se afastou. O puxou pela mão e os dois deitaram na cama.
Deitados de frente uma para o outro se olharam, se tocaram e esqueceram o que viria na semana seguinte.
Gaby – “Eu também confio em você. Não confio nessa saudade que parece tão grande antes de você ir.”
Bernie – “Shiiiu... aqui, somos só nós três. Eu, você e nosso amor.” – Bernie chegou mais perto e beijou Gaby que se rendeu com toda facilidade do mundo. Ele chupou o lábio superior dela e a olhou diretamente nos olhos. Desceu a mão tirando o vestido dela e acariciando todo aquele corpo.
Gaby virou de barriga pra cima e ele tirou o short. Uma sensação maravilhosa quando ele se encaixou. Gaby fechou o olho e sorriu. O sol que batia pela janela dava à tarde um toque de romantismo, delicadeza, paixão...
Foram longos minutos entre beijos ardentes e toques suaves. Uma mistura de desejo, amor, Gaby e Bernie. Com as pernas entrelaçadas na cintura dele, Gaby gemeu, Bernie também. Chupou o pescoço dela, apertou-se contra ele, usou a língua para enlouquecer ainda mais Gaby e quando chegaram no orgasmo, uma lágrima desceu do rosto de Gaby.
Bernie ainda estava por cima de Gaby. Os dois passaram um tempo se olhando. Ele levantou a mão. Gaby encaixou entrelaçou sua mão na dele. Apertaram forte.
Bernie – “Começaremos mais uma história, meu amor. Uma história de saudade, mas, acima de tudo, uma história de amor. E que comece hoje, mais essa história linda de amor que vamos escrever.”
Capítulo 1

Capítulo 2
Os dois acabaram dormindo abraçados na cama. Batia um vento frio, mas o sol não deixava de brilhar. Os dois, deitados na cama, não resistiram ao calor do sol, aquecendo a pele fria, e dormiram bem juntinhos. Mas o sol foi embora e deixou o vento frio acordar o casal. Gaby levantou no susto. Olhou para os lados tentando saber onde estava. Bernie com calma levantou da cama e sorriu.
Gaby - "Bernie, pelo amor de Deus, levanta. Os convidados devem estar estranhando. Meu Deus, quanto tempo a gente ficou aqui?" - Ela levantou correndo. Pegou o vestido que estava na escrivaninha e quase deixou cair um pote. Se Bernie não pega... - "Anda, meu amor. Vamos rápido."
De rependete, Gaby sentiu a mão de Bernie segurando o braço dela.
Bernie - "Shiiiiiu.... Escuta."
Gaby pensou que era alguma coisa séria.
SILÊNCIO
Bernie - "A música parou. E olha.... não dá pra escutar ninguém conversado." - Gaby sorriu. Entedeu o que ele quis dizer. Bernie abriu o pote e colocou uma bala de hortelã na boca. - "Por culpa desse seu desespero, você quase fica sem meu beijo."
Gaby sorriu, estava abraçada à ele. Ela sabia que sempre que ele acordava, não gostava de beijá-la sem antes chupar uma bala. No quarto deles tinha um bote com balas de morango. Gaby dizia que lembrava a noite deles, mas na cabana que ficava no meio do esconderijo dos dois, a bala era de hortelã. Não tinha um motivo, mas desde que se casaram nenhum outro sabor de bala esteve na cabana. Sempre foi assim, morango no quarto e hortelã na cabana.
Gaby - "Você e a sua mania de bala... Se não tivesse bala você não ia me beijar?"
Bernie - "Eu não ia resistir, meu amor... não mesmo. Não pense que você escapa de mim."
Gaby - "Bom, você já chupo a bala né... então...."
Sem mais palavras. Bernie já tinha entendido tudo. Os dois se beijaram delicadamente. Gaby passou a mão sobre os ombros de Bernie e o abraçou. Sentiu seu corpo apertando o dele e o sabor da hortelã. Os dois se separaram e ela lembrou que era a ultima semana juntos.
Gaby - "Vamos pra casa?"
A cara trsite de Gaby deixou Bernie nervoso. Ele já não sabia como fazer para que ela ficasse mais tranquila com relação à essa viagem dele. A verdade é que o fato de serem 5 meses assustava a le também. Ela ia começar a gravar uma novela e ele não estaria por perto. Era a primeira novela que ela iria gravar depois que os dois ficaram juntos.
Desde que estavam juntos, já tinham comentado várias vezes de como seria divertido ensaiar as cenas, fazer realidade as cenas de umas novelas. Mas esse deseo teria que esperar.
Quando viram o palco vazio, perceberam que realmente todos já tinham ido embora. Não tinha mais ninguém na casa. Em cima do palco um papel preso no microfone.
"Aproveitem a semana juntos. Gaby, nos vemos semana que vem. Estou te esperando em casa. E, Bernie, boa viagem, compadre. Que a sua mãe se recupere muito rápido e que você possa voltar antes de eu saber exatamente tudo da sua vida, porque tenha certeza de que é isso que Ganriela vai ficar falando.
Beijo. Carol."
Era impossivel não rir com os comentários de Carol. Mesmo escrevendo ela era engraçada. Os dois sorriram e nem se preocuparam em arrumar a bagunça, entraram na casa e deixaram tudo para trás.
Gaby - "Ainda bem que o namorado da Carol está com essa campanha nos EUA. Definitivamente eu não ia aguentar ficar longe de você sem a Carol."
Bernie - "Ela é uma grande amiga, não é?! Parece que tem a vida resolvida e, se apareceralgum problema, ela vai resolver rapidinho. É uma mulher admirável. E que bom que é sua amiga. Que bom que vai te dar força enquanto eu não estiver aqui."
Gaby - "É verdade. É uma excelente amiga..."
O olhar de Gaby estava distante.
Bernie - "Meu amor, por favor, não fica assim. Nós vamos superar tudo."
Gaby - "É ifícil, Bernie, são 5 MESES."
Bernie - "Eu sei, Gaby. Me dói te deixar assim, mas você tem que entender, poxa. É a minha mãe. Não posso deixar ela sozinha num momento desse."
Bernie ficou chateado. No fundo ele estava tão nervoso como ela, mas queria ser forte, mas não conseguiu por muito tempo. Só então Gaby viu que ele estava sofrendo muito mais do que ela imaginava. Viu nos olhos de Bernie as lágrimas querendo sair e o medo, medo de acontecer alguma coisa com a mãe dele.
Gaby - "Não, meu amor... calma. Não me entenda mal. Desculpa, estou focando muito na gente, em mim.... quando na verdade eu tinha que te dar força. Eu sei que é um momento difícil, meu amor." - Ela o puxou para o sofá e o colocou deitado no seu colo. - "Não se preocupa, meu amor, vai dar tudo certo. Sua mãe vai ficar bem e você vai voltar logo."
Bernie levantou do colo de Gaby e chegou bem perto, olhando olhos nos olhos. Gaby ainda sentia o arôma de hortelâ enquanto Bernie falava.
Bernie - "Você é a mulher mais maravilhosa do mundo. Eu sei que est´sofrendo e mesmo assim você está me dando força. Eu te amo."
Agora era Gaby quem tinha lágrimas nos olhos. Estava emocionada. Bernie a beijou com vontade e ela se arrepiou. Ele estava cada vez mais em cima dela, e os dois acabaram deitados no sofá, aos beijos e cheios de desejo. Mas Bernie logo levantou.
Bernie - "Antes de qualquer coisa temos que conversar pela ultima vez."
Gaby se assustou, mas concordou.
Gaby - "Claro. Mas sobre ..."
Bernie - "Você vai me prometer que até o dia da minha viagem não vamos falar absolutamente nada a respeito. Essa semana é só nossa, meu amor."
Gaby, enfeitiçada por tudo o que ele causava nela concordou om um sorriso e voltou a beija-lo. Novamente com força e ele, mais uma vez se separou.
Bernie - "Quero que, essa semana, seja marcada por coisas que vão nos fazer matar a saudade durante os próximos 5 meses. Temos 7 dias, a partir de hoje. E já sei qual vai ser a lemrança do dia."
Ele levantou e saiu correndo para a cozinha. De lá apenas gritou.
"VAI PRO QUARTO, MEU AMOR.... JÁ VOU SUBIR."
Capítulo 3
Gaby fez o que Bernie pediu. Subiu com um sorriso no rosto e a certeza de que seu amado iria surpreendê-la. Ele sempre fazia isso. Ser surpreendida era tão bom quanto estar com ele. Gaby parou pra pensar e lembro que desde que os dois eram amigos, Bernie fazia isso.
Certa vez, quando ela havia terminado um relacionamento, foi desesperada procurar o ombro dele. Queria chorar, ser consolada e desabafar. Naquela época tinha medo de estar sozinha pra sempre e foi justamente no ombro do amor da sua vida, que ela disse tudo o que estava sentindo. Confessou todo o seu medo sem nem perceber que ele já a amava. Ao lembra-se das cenas, Gaby sorriu.
Quando ela entrou no banheiro, Bernie entrou no quarto. Deixou na cama o que tinha nas mãos e fechou a porta. Apesar de os dois estarem sozinhos na casa, ele mantinha o hábito de deixar as portas fechadas.
Bernie – “Já estou te esperando, meu amor.”
Gaby – “Só um minuto... Já estou indo.”
Bernie esperou Gaby encostado na porta. Não se mexeu até que pudesse ver sua amada saindo do banheiro com uma camisola vermelha e quase transparente.
Depois de alguns segundo hipnotizado por tudo o que ele via, Bernie abriu um sorriso e foi chegando mais perto dela.
Bernie – “Dia 1 : Morangos e chocolate. Lembra da noite em que você me pediu em casamento? Fazia frio. Estávamos só nós dois naquele esconderijo. Um silêncio tão grande que nem parecia que tínhamos a cidade aos nossos pés.” – Ele a abraçou. Gaby sorriu. – “Nossa primeira aliança foi feita de chocolate e ainda por cima com as nossas mãos. Eu a desenhei em você e você em mim. Logo depois saboreamos os morangos em meio a carícias e beijos cada vez mais intensos.”
Gaby – “É verdade, aquela noite foi muito boa.”
Bernie – “Sim, meu amor. Os morangos com chocolate vão sempre nos fazer lembrar dos nossos bons momentos. Mas quero que lembre desse momento agora. Porque o presente é sempre melhor do que o passado. Hoje os morangos e o chocolate estão ali na nossa cama, pra gente. Vamos matar a nossa saudade?”
Gaby sorriu e o beijou. Bernie mergulhou a mão nos cabelos dela e prendeu seu corpo ainda mais forte. Ela se arrepiava cada vez que ele fazia isso. Cada vez que ele a apertava com tanta força, dava a ela a sensação de que ele queria os dois em um corpo só. Sempre que ele fazia isso, Gaby fazia o mesmo logo em seguida. Era levada pelo desejo, pela loucura...
Bernie se afastou um pouco e os dois deitaram na cama. Ele tirou toda a roupa e pegou o pote de morangos que já estavam mergulhados no chocolate. Gaby não fazia nada. Deixou ele comandar o jogo. Ele a surpreenderia.
Bernie – “Se você come um morango, eu pego ele da sua boca, com a minha boca. Quero saborear da mesma forma que você. Um morango com chocolate e o seu gosto, e você vai sentir o meu gosto.”
Gaby – “Mistura perfeita: Morangos, chocolate e você.”
Gaby pegou um dos morangos e colocou na boca já lambuzada pelo chocolate que, derretido, lambuzava tudo. Bernie chegou mais perto e mordeu a outra metade. Beijaram-se apaixonadamente.
Passando a mão pelo corpo de Bernie, Gaby fez com que ele ficasse por cima dela. Ele, nessa posição extremamente satisfatória, pegou outro morango. Sujou o pescoço de Gaby com chocolate e chupou. Gaby gemia de prazer e ele sabia que estava fazendo a coisa certa.
Colocou o morango na boca e ofereceu à sua amada. Ela sorriu u mordeu o morango. Os dois mais uma vez se beijaram intensamente. Bernie já estava muito excitado, e Gaby sem aguentar mais, pediu que ele a penetrasse.
Aquele tempo na cama foi longo. Carícias, Morangos, Beijos, Chocolate, Gaby, Prazer, Bernie, loucura... Tudo.
Há quem diga que onde se tem amor, se tem tudo. Outros dirão que onde tem amor de PODE ter tudo. Bernie partia do princípio que precisava dar tudo à Gaby. Se ela já tinha tudo, ele buscaria mais e se ela não tinha tudo, ele a faria sentir como se tivesse.
O orgasmo de Gaby ecoou e chamou o orgasmo de Bernie. Os dois exaustos na cama, lambuzados de chocolate e com cheiro de morango, sorriam e se olhavam. Estavam cansados, exaustos.
Bernie – “Dia 1: Concluído!” – Gaby sorriu. Sabia o que ele estava fazendo. – “Que venha o dia dois.”
Gaby – “Pra eu te amar ainda mais.”
Os dois já estavam fechando os olhos, já que apesar do chocolate no corpo, Gaby e Bernie estava esgotados de tanto prazer. Já estavam de olhos fechados.... quase dormindo.
Bernie – “Morango com chocolate, meu amor. Nosso morango com chocolate é só nosso. Não esquece.”
Capítulo 4
O dia amanheceu. Era tão bom acordar com Bernie do seu lado, que na maioria das vezes Gaby não levantava. Mesmo acordada, ela fechava os olhos e se apertava nele. Sentia o seu cheiro, suspirava e sonhava acordada. Era muito bem estar ali, mas logo vinha a lembrança de que em pouco tempo ela acordaria sozinha por alguns meses.
Bernie também aproveitava quando os dois acordavam bem agarradinhos. Ele também não levantava da cama. Normalmente, depois de uma noite de amor, era isso que acontecia. Os dois acordavam e permaneciam na cama por um bom tempo, conversando, se beijando ou simplesmente deitados.
Foi assim naquela manhã... os dois permaneceram abraçados, acordados e em silêncio. As mãos se juntavam as vezes e os olhos se cruzavam. Uma hora depois e a primeira palavra do dia foi dita.
Gaby – “Eu te amo!”
Bernie – “Eu sempre te amei.”
Os poucos os dois foram chegando mais e mais perto. Olharam-se nos olhos e em seguida um beijo. Suave, terno e longo. Quando finalmente decidiram levantar, Gaby entrou no banho e Bernie foi preparar o café da manhã deles.
Gaby aproveitou para chorar no banho. Os dois haviam combinado não falar mais da viagem dele, mas isso não era suficiente para esquecer. Tudo isso era medo do que poderia acontecer nesse tempo afastado.
Sem dar chance para tristeza, Gaby saiu do banho, se arrumou com uma roupa casual e desceu para encontrar seu amado. Bernie estava na cozinha, animado terminando a bandeja de café da manhã. Gaby o admirava, era bom demais ver ele daquele jeito.
Gaby – “Se você acha que eu vou comer tudo isso você deve estar querendo que eu engorde.”
Bernie – “Sua boba. Quem disse que isso aqui é pra você? Estou morrendo de fome. Gastei muitas energias ontem, sabe.” – Gaby sorriu. – “Além do mais, em breve, você vai precisar comer o dobro do que você come.”
Gaby – “Ber, você sabe que eu também quero muito um filho seu. Estamos sonhando com isso desde que nos casamos, mas até agora...”
Bernie – “Pode parar. Não fica preocupada, meu amor. Vai vir na hora certa. Seja a hora que for, vamos comemorar. Não quero te ver preocupada com nada... quero te ver feliz.”
Gaby abriu um sorriso e o beijou. Os dois conversaram a manhã inteira. Foram à piscina, almoçaram juntos, curtiram um dia maravilhoso. Quando a noite estava chegando o telefone tocou.
Gaby – “Alô?”
Carol – “Amigaaaaaaa, então, sua mala está pronta? Faltam 6 dias pra você curtir a minha presença.”
Gaby – “Sempre tão modesta, Carol.” – As duas caíram na gargalhada. – “Não, amiga. Ainda não tive coragem de arrumar a mala. Cinco meses parece ser uma eternidade. Estou angustiada, mesmo o Bernie fazendo de tudo pra eu esquecer, ainda me sinto aflita, nervosa.”
Nesse momento, Bernie entrou na sala. Deu perfeitamente pra escutar o que ela estava falando, mas apesar de tudo ele sorriu. Gaby não entendeu aquele sorriso. Tratou logo de desligar o telefone.
Gaby – “Amiga, o Ber chegou aqui. Tenho que desligar. Nos falamos amanhã.”
Carol – “Ta bom, gata. APROVEITAAAAA... E vê se não esquece de me ligar amanhã. Beijo.”
Gaby – “Porque esse sorriso, Bernie? Por acaso gosta que eu sinta a sua falta?”
Bernie – “Claro que não, meu amor, mas...”
Gaby – “Você tem que entender que não é tão fácil como eu queria que fosse, eu ainda...”
Bernie – “EU TE AMO.”
Os olhos de Gaby se encheram de lágrimas. Ela foi pega de surpresa por aquela palavras. É claro que não era a primeira vez que ele falava isso, mas sempre que ele falava assim, do nada, dava um gostinho melhor.
Bernie – “Eu sorri porque tenho nas minhas mãos um presente pra você. Mas você tem que fechar o olho.”
Gaby – “Bernie, o que você vai fazer?”
Bernie – “Só fecha o olho, tá?” – Ela sorriu e fechou. – “ Dia 2: Estarei sempre com você. Não importa o dia, a hora, o lugar, o fuso horário. EU VOU ESTAR COM VOCÊ. Sempre estive. Quando éramos apenas amigos, meu coração estava com você. Quando nos casamos eu passei a estar com você, eu e o meu coração. Se você alguma vez esquecer disso, fecha os olhos, assim como estão agora. Lembra da gente e quando abrir os olhos, é só olhar pro seu braço.”
Quando Gaby abriu o olho viu a pulseira que ele colocou no pulso dela. Na pulseira duas palavras e um amor. “Estoy Aqui”
Sem palavras Gaby o abraçou. Olhou novamente a pulseira e uma lágrima caiu. Estava feliz.
Gaby – “Não sei como você consegue fazer isso comigo. Me arrancar sorrisos quando eu estou triste. Me dar esperança quando eu sei que vou sentir a sua falta. Eu te amo.”
Os dois se beijaram. Bernie apertou a cintura de Gaby e ela perdeu a respiração. Afastou-se do beijo e olhou Bernie nos olhos. Bernie ainda buscava outro beijo, mas Gaby afastou seu rosto. Ale abriu o olho e ela sorriu.
Gaby – “Te desejo ainda mais.”
Bernie sorriu e tirou Gaby do chão. Beijando-a ele colocou Gaby deitada no sofá. Com a boca foi tirando a roupa de Gaby e ela, sem ar apenas fechou os olhos e sentiu as carícias do seu amor. Quando os dois já estavam sem roupa nenhuma e ele se encaixou no corpo dela, Gaby gemeu. Seu corpo estava arrepiado, e a respiração do seu amado bem no seu ouvido a deixava ainda mais louca de prazer. Os dois se amaram intensamente. No final da noite estavam exaustos. Mesmo assim subiram para o quarto e repetiram o que aconteceu no sofá.
Olhando um nos olhos do outro...
Gaby – “Morangos com chocolate e agora essa pulseira. Mal posso esperar para amanhã.”
Bernie – “EU TE AMO”
Gaby – “Eu te amo cada dia mais!”
Bernie – “Até amanhã, meu amor!”

Capítulo 5
Gaby acordou e a primeira coisa que viu foi a pulseira em seu braço. Abriu um sorriso e decidiu levantar. Queria que o dia fosse especial. Eles estavam vivendo uma segunda lua de mel, e isso era maravilhoso.
Sem acordar seu marido, Gaby saiu da cama, botou uma roupa e desceu as escadas. Estava se sentindo bem. Bernie ficou dormindo. Estava exausto e a cama uma delicia. O sol batia forte, mas o quarto estava climatizado. Não havia lugar melhor para alguém que estava cansado do que aquele quarto.
Assim que Gaby desceu, o telefone tocou.
Gaby – “Alô?”
Norma – “Filha, que saudade. Você está bem?”
Gaby – “Ay mãe... que saudadeeee. Queria muito ir ai. Ver você, o papai... Mas eu to me preparando pra começar uma novela. Quer dizer, no momento estou aproveitando o Bernie. Faltam 5 dias pra ele ir ficar com a mãe dele.”
Norma – “Vocês vão aguentar. Tudo vai dar certo. Mas não vamos falar disso, ok? Me conta sobre essa novela?”
Gaby – “Então, mãe. Essa novela por enquanto é um mistério. Me garantiram que eu ia adorar. Pelo meu contrato eu teria que fazer essa novela esse ano ou ano que vem no máximo, mas agora estou estudando uma participação especial numa outra novela. To pensando em aceitar pra ter com o que me distrair. Você sabe, 5 meses podem não ser tão longos se tiver muito trabalho.”
Norma – “Isso, filha. Aceita. Aproveita que você vai ter um tempo pra isso. Quanto tempo essa participação?”
Gaby – “É bem curta, mãe. Entre estudo de personagem e gravações devo levar só 2 meses. E depois eles vão me falar sobre a novela misteriosa. Mãe, eu te amo muito, mas tenho que desligar. Quero aproveitar o máximo. Dentro de 5 dias eu te ligo. Vê se vem pra cá.”
Norma – “Tudo bem, meu amor. Nos falamos em breve. Fica bem e aproveita.”
Quando desligou o telefone Gaby sorriu. Estava bem. Já estava planejando seus trabalhos e se sentia até animada em voltar à TV. Olhou a pulseira mais uma vez a felicidade de estar com o homem que ama. Assim que chegou na cozinha, abriu a geladeira e deu de cara com os morangos. Ela pegou todos, colocou numa bandeja, fez um suco de laranja, arrumou biscoitos e pães numa bandeja e subiu as escadas.
Gaby – “Acorda meu amor. Tem morango pra você.”
Bernie – “Hmmm... acordar com esse beijo e você na cama dizendo que tem morango...”
Gaby – “NÃO MEXE O PÉ.”
Bernie congelou. Não mexeu mais nada do corpo. Gaby rapidamente tirou a bandeja de perto dele e os dois riram.
Gaby – “Por pouco você não acaba com o nosso café da manhã. Aliás, temos que ir ao mercado. Não tem comida pra gente almoçar.”
Bernie – “Não sei quanto a você, mas eu tenho. Tenho morangos e a minha esposa.”
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Carol – “Bom dia, D. Norma. Tudo bem?”
Norma – “Bom dia, Carol. Desculpa te ligar tão cedo, mas é que eu to sabendo que a Gaby vai ficar um tempo ai com você né?”
Carol – “Vai sim, afinal de contas a casa é dela. Quando essa maluca casou, cismou que eu tinha que ficar aqui. Mas tem algum problema?”
Norma – “Não, problema nenhum. Na verdade é muito bom. Quero sua ajuda pra gente fazer uma surpresa pra ela. Eu liguei pra ela quase agora, ia falar com ela que tinha comprado minha passagem, mas tive uma ideia melhor. Vou fazer surpresa. Só que eu chego depois de amanhã. Posso ficar ai né?”
Carol –“ D. NORMAAAA... a senhora é das minhas viu? Claro que pode. Não. DEVE.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Depois de um almoço no restaurante, Bernie deixou Gaby em casa. Ela estava com dor de cabeça. Queria relaxar. Bernie já sabia que aquilo era efeito da TPM. Gaby não tinha mal humor, mas tinha dores de cabeça e as vezes enjoos. Nada que eu remédio não resolvesse. Gaby apenas desceu do carro e Bernie seguiu para comprar as coisas pra casa.
Não demorou muito, Gaby adormeceu no sofá. Ele era confortável. Anoiteceu e Bernie chegou em casa sem fazer barulho. Viu que Gaby estava dormindo e aproveitou para colocar seu plano em pratica. Passou na cozinha e deixou a maior parte das sacolas lá. Subiu apenas com uma.
Gaby Acordou com seu celular vibrando. Era mensagem de Bernie. Ela levantou meio assustada, ainda não sabia que horas eram, mas sabia que tinha dormido demais. Levantou o pescoço e viu que as sacolas estavam em cima da mesa. Bernie já tinha chegado. Ela pegou o celular.
“Dia 3: Vodka. Guarda esse nome e sobe pro nosso quarto.”
Assustada ela arregalou os olhos. O que ele estava aprontando. Subiu as escadas com calma. Estava escuro, não dava pra enxergar nada dentro do quarto.
Gaby – “Ber, o que você está aprontando?”
Bernie – “Fecha o olho.” – Ela sentiu a voz dele atrás. – “Quando você estiver sozinha, lembra que você vai fechar o olho pra lembrar da gente? Então imagina que estamos juntos. Respira fundo.”
Gaby sentiu um cheiro gostoso. Era doce, mas muito gostoso. Ocheiro ficou no ar por muito tempo. E quando o cheiro ficou um pouco mais fraco, ela percebeu que Bernie estava n sua frente. Ela não conseguia ver muita coisa, só sentia aquele perfume gostoso, que não era o que Bernie estava acostumado a usar.
Bernie beijou sua mulher bem de leve e logo desceu para o pescoço, ela sentiu o perfume ainda mais forte nele. Como era gostoso. Suspirou e se arrepiou com as carícias que ele fazia no seu pescoço. Fechou os olhos de prazer e ele a abraçou. Apertou seu corpo no de Gaby e ela não aguentou, gemeu.
Aos poucos os dois foram chegando mais perto da cama. Bernie tirou a blusa de Gaby, abriu o zíper da calça dela. Ele estava só com um short. Com tranquilidade Bernie a colocou na cama. Gaby ainda sentia o cheiro do perfume. Ele beijou sua amada na boca, desceu para o pescoço, com vontade desceu ainda não até os seios. Gaby gemeu mais uma vez. Ele desceu mais um pouco e Gaby gritou. Prazer. Ela percebeu que ele saiu de cima dela, em pouco tempo já estava na cama, agora sem o short. Como ela gostava de sentir seu amor. Gostava dessas brincadeiras que ele fazia, esse carinho que ela nunca tinha sentido, que nunca tinham dado a ela.
Bernie – “Vodka. Esse é o nome do perfume.” – Entre beijos intensos ele continuava falando. – “Ele tem um cheiro doce...... mas não tão doce assim....... Um doce parecido com o nosso morango e chocolate.”
Gaby – “Eu adorei. É muito gostoso, o perfume e o meu marido.”
Bernie –“Esse perfume é só nosso, pros nossos dias, nossas brincadeiras... pra você lembrar de mim sempre que quiser me sentir perto.”
Gaby – “Eu te amo. Te amo tanto.”
As palavras já não eram mais necessárias e pelo visto a noite ia ser longa.
Bernie acordou no meio da noite passando mal. Saiu da cama correndo para o banheiro. Vomitou tudo o que não tinha comido. Gaby batia na porta nervosa querendo saber se ele estava bem. Bernie, como sempre fazia, mesmo estando mal, juntava forças e falava com ela sorrindo.
Bernie - "Estou bem, meu amor. Logo vai passar."
Gaby - "Vou preparar alguma coisa pra gente comer. Não comemos nada, não pode ficar com o estômago vazio."
Com uma certa pressa, Gaby desceu as escadas. Não podiam comer nada muito pesado, era madrugada e eles logo voltariam a dormir, então ela fez um suco de laranja e uns biscoitos.
Quando ela entrou no quarto ele já estava deitado na cama. Ao ver sua amada entrando, Bernie abriu um sorriso. Sem dizer nada Gaby sentou-se na cama com ele e os dois comeram em total silêncio.
Bernie tirou a bandeja da cama e os dois deitaram abraçados. Gaby acabou com o silencio.
Gaby – “O que houve, meu amor? Você não passa mal assim.”
Bernie – “Não é nada demais. “
Gaby – “Ber, a gente sabe o que aconteceu. Eu sei que você está preocupado, nervoso...”
Bernie – “Sim, meu amor, estou. Mas isso vai passar. No final vai dar tudo certo.”
Gaby – “Queria ter pelo menos metade da sua força. Me sinto segura quando estou com você por causa disso. Eu te amo, meu amor. Conta comigo sempre ta?”
Aproveitando que Gaby não podia ver o rosto dele, Bernie deixou uma lágrima cair.
Assim que Gaby acordou, Bernie já não estava no quarto. Ela levantou e o procurou pela casa, Ele não estava, mas ela viu que o carro dele ainda estava estacionado no mesmo lugar, sendo assim, ele só poderia estar em um lugar: o esconderijo.
Gaby – “Meu amor, você levantou que horas que eu nem vi?”
Bernie – “Tem pouco tempo, meu anjo. Só levantei mais cedo pra ver o sol nascer daqui. Ia te chamar, mas a nossa noite não foi tão tranquila. Vem cá... Esse sol ta tão gostoso.”
Gaby chegou bem perto e o abraçou. Ficaram abraçados por algum tempo, até que Gaby interrompeu o silêncio.
Gaby - "Meu amor, como está a sua mãe?"
Bernie - "Não consigo esconder nada de você não é?"
Gaby - "Eu sei que você passou mal ontem porque estava nervoso com alguma coisa. E não é só porque você vai passar um tempo longe de mim. Fala pra mim, o que houve ontem quando você saiu do quarto com o celular?"
Bernie se assustou. Nem imaginava que Gaby tivesse percebido.
Bernie - "Meu pai me ligou ontem de madrugada, meu amor. Saí do quarto por que não queria te acordar. Minha mãe passou mal em casa de novo. Quando meu pai ligou eles tinham acabado de chegar do hospital."
Gaby - "Meu amor, eu sinto muito. O que o médico disse?"
Bernie - "Aaah... ele disse que é normal na situação em que ela está, mas que em breve ela vai fazer o operação e depois o tratamento... bom, ele espera que tudo fique bem depois disso, mas falou com meu pai que se acontecer mais uma vez ele vai ter que internar."
Gaby - "Ber, não sei nem o que te falar. Mas pode contar comigo. Se você precisar ir, eu vou entender. Sua mãe vai ficar bem, você vai ver."
Bernie se sentiu acolido. Deu um longo beijo em Gaby e a abraçou. O sol estava forte e os dois já estavam suando.
Bernie - "Obrigada por tudo, meu amor. Mas vamos mudar de assunto e sair daqui. Nesses próximos dias eu só quero aproveitar a mulher maravilhosa que eu tenho."
Gaby - "Vamos pra casa então? To morrendo de fome."
Os dois voltaram e foram direto pra cozinha. Gaby preparou um excelente café da manhã e enquanto fazia isso Bernie só olhava admirado.
Gaby - "O que foi que você está me olhando assim?"
Bernie - "É incrível como cada dia que passa eu acordo mais apaixonado ainda por você."
Gaby - "Como é galanteador o meu marido, gente!"
Bernie - "Só estou dizendo a verdade."
Gaby - "Por falar em acordar mais apaixonado... Você não chupou a sua balinha de morango hoje de manhã hein?! Meu Deus, será que isso é um crime???"
Caíram na gargalhada. A falsa cara de assustada que Gaby fez deu um ótimo motivo pra sorrir. Mas tudo acabou muito cedo.
Bernie - "Meu amor. Falando sério agora. Precisamos ter uma conversa muito importante."
Gaby - "Pensei que tivesse falado tudo a respeito da sua mãe."
Bernie - "Gaby, precisamos conversar sobre a gente. É muito importante."
Capítulo 6
Gaby - "Nossa, Ber. Está me assustando. O que houve?"
Bernie - "A verdade é que eu não sei muito bem como começar essa conversa."
Gaby - "Vamos lá. Uma palavra você consegue dizer. Manda."
Bernie - "Filhos."
Gaby gelou. Os dois estavam casados à 6 meses e desde que se casaram estavam pensando em ter filhos. Os dois tentaram durante 6 meses e até o momento nada de Gaby ficar grávida. Na verdade, seis meses não é um período muito longo, mas ansiedade que os dois sentiam deixava esses meses com cara de anos.
Gaby estava nervosa porque em questão de dias atrás pensava nisso. Será que ela tinha algum problema? Será que ele tinha algum problema? E se algum dois dois tivesse? Teria cura?
As perguntas giravam tanto na cabeça dela que sempre que começava a pensar nessas coisas sentia dor de cabeça e logo buscava outra coisa pra se distrair e esquecer, mas agora não tinha jeito. Pela primeira vez, marido e mulher iriam conversar a respeito.
Bernie - "Então, meu amor. Eu sei que a gente nunca falou sobre o que vamos falar agora. Quer dizer, já falamos sobre filhos. Antes e logo depois do casamento falávamos muito sobre isso. Desde antes do casamento a gente vem tentando e ..."
Gaby - "Bernie, eu sei. Quer dizer eu sei o que você quer dizer, mas não sei o que está acontecendo."
Com a plena convicção de que sabia o que Bernie queria com aquela conversa, Gaby foi falando, falando, falando... Sem deixar que Bernie interrompesse. No meio do caminho ele já tinha até desistido de tentar interromper a mulher, esperou que ela falasse tudo o que tinha pra dizer, mesmo que determinadas coisas não fizessem muito sentido. Qualquer um que escutasse Gabriela falando como uma matrataca perceberia que ela estava nervosa. Muito nervosa.
Bernie - "Será que eu posso falar agora?"
Sem ter muito o que fazer, Gaby se sentou na cadeira da cozinha. Tinha que parar de andar de um lado pro outro. Ela respirou fundo e fechou os olhos para escutar o que Bernie tinha a dizer. Ela tinha certeza que ele ia falar que algum deles devia ter algum problema e no final da conversa ele ia sugerir que os dois visitassem um especialista para resolver o problema.
Bernie - "Gaby, você está muito nervosa. Eu sei que é o seu sonho ter filhos. Aliás, sei que o seu sonho é ter muitos filhos. Você já me disse isso e pode ter certeza, me disse isso muitas vezes. Mas meu amor, você está ansiosa demais. Tudo bem, eu também estou ansioso, mas vamos com calma. Você sabia que alguns estudos dizem que a ansiedade por prejudicar a fertilização?" - Gaby já estava de olhos abertos e olhava para Bernie com uma cara de assustada. - " Além do mais temos apenas seis meses de casados. Levando em consideração que ao final teremos 100 anos juntos, ainda temos muito tempo para conseguir o que queremos. Você não acha?"
Chegava a ser engraçada a cara de Gaby. Uma cara assustada, mas com um sorriso no rosto. Uma mistura de alívio ee paixão. Paixão sim, porque depois desse discurso, Bernie deixou Gaby ainda mais apaixonada por ele. Se é que isso é possível.
Gaby - "Meu amor, você não imagina o que já estava passando pela minha cabeça... que alívio."
Bernie - "O que você estava pensando?"
Gaby - "Aaah... sei lá. Talvez você quisesse procurar um médico pra gente fazer uns exames... não sei. Passam mil coisas pela minha cabeça todos os dias."
Bernie se aproximou de Gaby que levantou da cadeira. Os dois grudaram os corpos e olharam-se nos olhos.
Bernie - "Ah é? Então, nessas mil coisas que passam pela sua cabeça, quero que você resolva um problema pra mim."
Gaby - "Pode falar, meu amor, resolvo qualquer coisa.." - Gaby falava bem humorada.
Bernie - "Bom, hoje é o dia 4. Acho que você lembra que eu tenho uma surpresa pra você..."
Gaby - " Se é isso o problema já está resolvido. Vamos para o quarto!" - Bernie caiu na gargalhada.
Bernie - " Não, meu amor. A surpresa de hoje ainda precisa ser preparada. E para isso, você não pode estar em casa."
Gaby - "Mas Bernie, estamos na casa que era dos seus pais. Você sabe que aqui por perto não tem nada além de outras casas."
Bernie - "Mas ai não vou poder te dar a surpresa de hoje como eu queria."
Gaby - "Sua surpresa não pode ficar um pouco menor e caber dentro do nosso quarto não?"
Ele parou, pensou e sorriu.
Bernie - "Mas você tem que me prometer que não vai subir pro quarto. E quando eu pedir, você vai lá pra trás pra não ver as coisas que eu estou levando pra lá. Ok?"
Gaby - " Já te falei que adoro esse seu suspense? Fechado. Nada de quarto hoje."
Bernie - "Enquanto eu não te chamar."
Gaby - "Tudo bem. Você vai lá pra cima e eu vou ficar aqui preparando o nosso almoço e esperando essa tal surpresa."
Bernie concordou e depois de um longo beijo foi cada um pro seu canto. O dia estava lindo e os dois felizes. Bernie não falou nada o dia inteiro. Ficou trancado no quarto. Só desceu para almoçar. Depois do almoço obrigou Gaby a ir até os fundos pra que ele pudesse suber com um caixa que era grande, mas parecia muito leve.
A noite chegou e Bernie desceu as escada com calma. Viu que Gaby estava assistindo televisão e parou um pouco para admira-la. Sorriu lembrando de tudo o que ele passou para estar casado agora com a sua melhor amiga.
Bernie - "Meu amor?"
Gaby olhou para a escada. finalmente o dia 4.
Gaby - "Posso subir?"
Bernie - "Na verdade, você primeiro vai tomar um banho e vestir isso aqui."
Gaby - "Mas meu amor, eu já estou de camisola."
Bernie - "Eu sei. Mas essa aqui é mais bonita e mais fácil de tirar"
Gaby - "Não vou nem argumentar. Vou tomar banho agora."
Como Bernie não queria que Gaby subisse (ainda), fez com que ela usasse o banheiro que havia na parte de baixo da casa.
Gaby não demorou muito no banho, estava ansiosa. Sabia que no final seria mais uma noite romântica. E não foi diferente, assim que Gaby abriu a porta do banheiro, a luz estava baixa e pétalas no chão faziam o caminho até o seu quarto.
Descalça e com lágrimas nos olhos, Gaby subiu as escadas devagar. Observava tudo. Percebeu uma musica tocando bem de leve. Era um instrumental romantico. Quando chegou à porta do quarto, suspirou e logo entrou. A musica parecia mais alta, mesmo assim não estava tão alta. Na parede acima da porta projetava-se imagens do casal. Os dois no casamento, na lua de mel e até as fotos da época de amigos. Encantada com as fotos, Gaby nem percebeu onde estava Bernie. Apesar de escutar a voz dele, não conseguia ver onde ele estava, mas definitivamente, o que ele disse a deixou muito emocionada.
Bernie - "Dia 4: Soneto de fidelidad
Sobre todo para mi amor estaré atento
Antes, y con tal celo, y siempre, y tanto
Que aun enfrente del mayor encanto
De él se encante más mi pensamiento.
Quiero vivirlo en cada vano momento
Y en su honor he de esparcir mi canto
Y reír mi risa y derramar mi llanto
A su pesar o a su contento.
Y así, cuando más tarde me busque
Quién sabe que muerte, angustia de quien vive
Quién sabe que soledad, fin de quien ama
Que pueda yo decirme del amor (que tuve):
Que no sea inmortal, puesto que es llama,
Pero que sea infinito mientras dure."
As luzes do quarto se acenderam e Bernie apareceu bem à frente de Gaby que não parava de chorar emocionada.
Bernie - "Meu amor, podemos passar meses, dias, anos longe um do outro, mas eu serei sempre seu."
Gaby - "Como você consegue me emocionar sempre que pronta uma dessas comigo?"
Bernie - " É simples. Fazendo você ver o que eu realmente sinto por você. Dizer que eu te amo parece tão pouco pra te explicar que eu preciso arrancar essas lágrimas pra ver se você entende."
Gaby riu.
Gaby - "Vou ter que arrancar umas lágrimas suas também? Me aguarde, Bernie Paz"
Bernie até ia falar alguma coisa, mas Gaby não deixou. Beijou o seu amor como se estivesse beijando pela primeira vez. Primeiro com calma e depois com muito desejo.Bernie que estava só com um shortinho, colocou a mão nas pernas de Gaby, fazendo com que ela envolvesse uma delas na cintura dele. Ele aproveitou a posição para passar a mão por baixo da camisola, percebeu que Gaby estava sem calcinha, olhos a amada nos olhos e sorriu maliciosamente.
Com calma ele foi subindo as duas mãos, fazendo com que a roupa de Gaby subisse junto. Ela botou uma das pernas de volta no chão e se afastou bem pouco para que Bernie pudesse tirar o a roupa del por inteiro.
Bernie beijou a boca de Gaby, desceu para o pescoço, e desceu mais e mais um pouco. Gaby colocou a mão pra ele parar.
Gaby - "Te desejo tanto, meu amor." - Ela o beijou. - "Quero você inteiro pra mim."
Bernie se arrepiou. Gaby o empurrou até a cama, mas ele a virou e quem caius deitada foi ela. Com uma certa pressa, ele tirou o short e deitou por cima de Gaby que gemeu.
Gaby - "Adoro sentir sua respiração enquanto estamos assim."
Ele não disse nada. Fechou os olhos de prazer. Se Gaby gostava de escutar a respiração dele, ele gosta de escutar ela falando, ofegante e estasiada.
A noite dos dois foi maravilhosa. Foram dormir tarde e acordaram tarde. Estavam aproveitando as férias improvisadas.
Bernie - "Bom dia, meu amor"
Gaby - "Bom dia, amor da minha vida. Vou descer pra fazer o nosso café da manhã Me espera aqui que eu subo com o nosso café."
Bernie continuou deitado na cama. Suspirava pela noite maravilhosa. Ainda estava cansado. Já estava quase adormecendo de novo quando escutou um barulho enorme. Levantou as pressas, mas chegou tarde demais.
Capítulo 7
Bernie saiu correndo do quarto e gelou ao ver sua mulher caída no final da escada. Correu até ela gritando.
Bernie – “Gaby! Meu amor! Você está bem?” – Quando chegou perto dela tomou todo cuidado para não machucá-la ainda mais. – “Você está bem? Está doendo alguma coisa?”
Gaby – “Bernie, calma. Só torci o pé. Ta dolorido.”
Bernie – “Mas, meu amor, como isso aconteceu.”
Gaby – “Não sei... Foi do nada. Eu estava subindo com o nosso café e ... Não sei, acho que ficou tudo escuro e eu caí.”
Bernie – “Será que...”
Gaby – “Bernie, era tudo o que eu mais queria, mas não quero que você crie essa expectativa.”
Bernie – “Tudo bem, meu amor. Não vou pressionar. Quando tiver de ser, será. Mas você está se sentindo bem né?”
Gaby levantou com a ajuda de Bernie, passou a mão no corpo pra tirar a sujeira e respirou fundo.
Gaby – “Não né?! Olha esse chão? O nosso café da manhã está todo nele.”
Bernie – “Eu faço o nosso café de novo.”
Gaby – “Não, Bernie. Não tem mais nada ai. Já estamos aqui a um tempo. Comendo feito loucos, eu estou engordando... Precisamos ir ao mercado.”
Bernie – “Você vai ficar linda mais gordinha. Imagina um barrigão..”
Gaby – “Bernieeeee... Já falei que não quero que crie expectativas demais Se tiver que acontecer, acontecerá, se não...” – Os olhos de Gaby encheram de lágrimas. – “Se eu não engravidar podemos adotar um filho, né?!”
Bernie – “Você está certa. Temos que esperar. Mas tem uma coisa que não dá pra esperar. COMIDA.!”
Gaby – “Vamos sair pra comer alguma coisa? Obaaaa. Me arrumo em 5 min.”
Gaby saiu quase que correndo pra se arrumar. Bernie tinha outras intenções. Olhou os morangos que Gaby havia esquecido na mesa, mas logo saiu da sala. Gaby tinha mudado os planos por conta própria.
Gaby – “Estou pronta. Já pegou as chaves do carro?”
Bernie continuava no mesmo lugar.
Bernie – “Posso saber pra que tanta animação ?”
Gaby – “Ah, amor, é só que... Eu amo ficar com você o dia inteiro, agarradinhos e tal... Mas não fazer nada durante esses dias, minha rotina, sabe... Pelo menos se a gente vai sair, podemos passar no supermercado, fazer as comprar pra esses dias...”
Bernie – “E ainda tem gente que diz que você é metida. Jura que você vai me arrastar pro mercado?”
Gaby sabia muito bem que ele não gostava de ir ao mercado, mas também sabia que seu sorriso e seu entusiasmo era suficiente pra convencer.
Gaby – “Então? Vamos?”
Bernie – “Espera só um minutinho, vou ligar pra Roberta ir dar um jeito aqui na casa. Ela mora aqui perto, vem rapidinho.”
Gaby – “Só se ela fizer isso enquanto estivermos fora. Você sabe que eu não gosto dela.”
Ele sabia muito bem que Gaby não gostava de Roberta. O único dia em que as duas se cruzaram não foi muito bom. Roberta era filha de uma empregada da casa e Gaby percebeu de cara que ela era apaixonada por ele.
Bernie – “Gaby, você sabe que eu não tenho como falar isso pra ela.”
Gaby – “Não quero saber. Não vou encontrar a Roberta de novo.”
Apesar de achar o ciúme de Gaby exagerado, Bernie até gostou de ver que ela cuidava do que era dela.
Bernie – “Roberta? É o Bernie. Será que você podia passar aqui em casa? Tivemos um acidente. Não, está tudo bem comigo. Mas precisamos que você dê um jeitinho na casa. Eu e a minha mulher vamos sair, devemos voltar no final da tarde, será que você consegue resolver tudo até lá? Ótimo. Obrigada.”
Com as chaves na mão, Bernie entrou no carro. Gaby estava de cara fechada.
Bernie – “Hey... não fica assim não. Hoje o dia é nosso. Lembra da noite passada? Acho bom você decorar aquele poema.”
Gaby – “Você está certo. Vamos ao mercadooo...!” – Bernie que já estava dirigindo fechou a cara e ela se corrigiu. – “Ops... Vamos comeeeer!”
Não podiam evitar a gargalhada. No meio do caminho havia um chalé que todos por ali achavam delicioso e super aconchegante. Foi lá que os dois tomaram um belo café da manhã, regado de sorrisos, gargalhadas e carinho.
Gaby – “Meu amor, eu sei que você não gosta, mas precisamos ir ao mercado, já está quase na hora do almoço. AAAh vai. Não faz essa carinha. Vamos, eu faço o que você quiser.”
Com um sorriso malicioso, Bernie consentiu. Em poucos minutos os dois já estavam no carro. Não faziam muito calor, na verdade estava bem fresquinho e o lugar repleto de vegetação deixava um vento gelado bater no rosto de Gaby enquanto Bernie dirigia. Gaby ficou tão encantada com a paisagem que demorou pra perceber que Bernie não estava fazendo o caminho para o mercado.
Gaby – “Bernie, pra onde você está me levando.”
Bernie – “É quase um atalho. É como se fosse...” – O carro foi parando. Não havia ninguém por perto. – “Um atalho mais longo. Você vai gostar.”
Sorrindo, ele tirou as chaves do carro e jogou para o banco de trás. Olhou para Gaby com o mesmo sorriso malicioso.
Gaby – “Não, Berinie. E se alguém passa aqui?”
Bernie – “Que eu me lembre, eu tive a mesma preocupação a um tempo atrás. Você estava morta de curiosidade pra saber como era.” – Ele colocou as mãos entre as pernas de Gaby. – “E se eu bem me lembro, na época eu falei que não e você arrumou um jeito de me provocar até eu não agüentar mais e fazer o que você queria. Portanto, Gabriela Spanic...” – Ele apertou ainda mais a parte interna da coxa de Gaby, arrancando um gemido. – “Nem tente, porque nós vamos transar aqui e agora.”
Com a outra mão, Bernie puxou o pescoço de Gaby e a beijou forte. Ela já estava de perna bamba e morta de desejo. Bernie parou de beijá-la e foi para o banco de trás. Os dois tinham os corpos queimando. Gaby fez a mesma coisa. Bernie sentou e ela se encaixou no colo dele. Em poucos minutos os dois estavam gemendo. Gaby sussurrava no ouvido de Bernie tudo o que ele gostava de escutar ela falando. Mas Gaby já não tinha mais fôlego pra falar nada. O orgasmo dos dois estava chegando. Bernie acelerou os movimentos. Gritaram quase que ao mesmo tempo.
Meia hora depois, quando já estavam mais calmos e coma respiração normalizada, ernie sugeriu.
Bernie – “Acho melhor a gente ir almoçar primeiro. Estou com taaaaanta fome!”
Gaby – “Tudo bem, Ber... até porque, se a gente deixar pra almoçar depois pode ser que as coisas do mercado estraguem no carro. Mesmo não estando muito calor, você deixou o carro beeem quente.”
Entre risadas e brincadeiras de duplo sentido, os deis chegaram ao restaurante que havia ali por perto. Já fazia quase 3h que eles tinham saído do Chalé, então decidiram almoçar pouco mesmo, mas não chegaram nem à mesa. Assim que abriram a porta do restaurante, Gaby só teve tempo de agarrar o braço e gritar.
Gaby – “BERNIEEE!”
Quando ele olhou ela já estava desmaiada.
Capítulo 8
Em menos de um minuto quase todos os presentes no restaurante cercaram Bernie que segurava sua mulher desmaiada. Em pouco tempo, Gaby já começou a acordar. Um dos seguranças do restaurante pegou Gaby no colo e a levou até a sala da gerência. Gaby estava mole, como se estivesse cansada.
Bernie - "Gaby. não dá mais. Vou ligar pro seu médico vir aqui. Precisamos saber se..."
Gaby - "Não venha com esse assunto de gravidez de novo!"
Bernie - "NÃO. Quero saber se tem alguma coisa grave com você." - Bernie se ajoelhou em frente à sua amada. - "Se acontecer alguma coisa com você eu morro."
Gaby - " Eu também estou com medo desses desmaios.."
Bernie - "Eu vou ligar pro Dr. Alberto agora."
Gaby - "Mas Bernie,ele é o meu ginecologista."
Bernie - "Ele também é clínico geral, meu amor."
Gaby acabou concordando em chamar o Dr Alberto. Ela já estava se sentindo melhor. O gerente passou na sala e deixou uns pães deliciosos, e Gaby aproveitou pra comer.
Bernie - "Vamos, o Dr. está nos esperando lá no consultório. Já falei com ele que estamos indo."
Lentamente, Gaby levantou. Apesar de não sentir mais nada, tinha medo de que voltasse a passar mal.
Os dois entraram no carro e Bernie foi o mais rápido possível sem ultrapassar o limite de velocidade. Ele estava muito nervoso e, percebendo isso, Gaby decidiu descontrair.
Gaby - "Adorei o dia 5 , meu amor."
Bernie - "Como assim? Você não está pensando que a brincadeira do carro foi a minha lembrança do dia 5 né?"
Gaby - "Ué, pensei que sim."
Bernie - "Pois não era. Ainda temos a surpresa do dia, mas vamos primeiro saber o que o Dr. Alberto vai falar e ai depois, dependendo, vamos direto ao quinto dia."
Assim que chegaram ao consultório, Gaby e Bernie entraram. O Dr. Alberto era muito amigo deles e só estava esperando por Gaby.
Alberto - "Então, Gaby, me conta. O que aconteceu?"
Gaby - "Bom, hoje pela manhã eu preparei um café da manhã, eu estvaa muito bem, não senti nada. Quando eu fui subir a escada tudo escureceu e eu acho que desmaiei, mas foi muito rápido. Quando o Bernie chegou eu já estava acordada e me sentindo bem. E agora foi a mesma coisa."
Bernie - "Alberto, você acha que a Gaby pode ..."
Alberto - "Tudo é possível, não é mesmo? Vamos examinar. Como está a sua menstruação?"
Gaby - "Normal. Deve vir no final da semana."
Alberto - "E a sua alimentação?"
Gaby - "Normal também."
Alberto - "Tem feito muito esforço?"
Sem que o médico percebesse, Gaby olhou para Bernie e respondeu.
Gaby - "Mais do que de costume."
Alberto - "Deixa eu ver como está a sua pressão." - Fez-se um silêncio na sala.
Depois que o médico terminou, explicou tudo o que tinha acontecido enquanto prescrevia alguns medicamentos.
Alberto – “Gaby, entendo que você tenha passado dias complicados, sou amigo de vocês e sei que estão nervosos porque vão passar muito tempo longe um do outro, mas você está levando essas emoções ao estremo, e isso está fazendo a sua pressão brincar numa montanha russa. Os dois desmaios que você teve hoje foi a pressão caindo.”
Bernie logo colocou a mão na cabeça. Por um lado triste ter a certeza de que não era nada ligado à gravidez e por outro preocupado de ter causado isso em Gaby.
Gaby – “Mas Alberto, o que eu faço?”
Alberto – “Não há muita coisa a fazer. Você precisa controlar isso. To receitando 02 remédios pra te ajudar, mas você não pode deixar essa ansiedade de controlar.”
Bernie – “Nós chegamos a pensar em gravidez... você sabe que...”
Alberto – “Bernie, eu entendo vocês e não tenho como dizer isso agora, sem nenhum exame de sangue pelo menos. Já falei que nem você nem a Gaby terão problemas pra engravidar, mas a Gaby precisa estar bem. Não dá pra administrar tantas emoções de uma vez do jeito que ela está fazendo.”
Gaby – “Tudo bem, Alberto. A gente vai fazer tudo pra mudar isso. Então nada de emoções fortes não é?”
Bernie olhou atento pro médico. Parou pra pensar na surpresa da noite, nas nas noites de amor que os dois estavam tendo. Será que eram emoções fortes?
Alberto – “ Gaby, todos nós somos capazes de controlar nossas emoções, sejam fortes ou simples. Você estudou psicologia comigo, sabe muito bem disso. A diferença está em como dominamos as emoções que chegam. Eu diria pra você, que vai começar agora à entender como lidar com essas emoções, que vá devagar.”
Bernie – “Mas a gente tem que se privar de alguma coisa?”
Gaby entendeu o que ele queria dizer, arregalou o olho.
Alberto – “Como assim?”
Bernie sem pudor nenhum foi direto ao ponto.
Bernie – “Sexo ! ”
Alberto caiu da gargalhada enquanto Gaby tentava se esconder na cadeira. Depois Bernie acabou rindo também, mas o máximo que Gaby conseguiu fazer foi dar um sorriso forçado para aquela situação.
Alberto – “Bernie, sexo casual não tem problema nenhum.”
Bernie – “Então se não for casual tem?”
Gaby arregalou os olhos, levantou da cadeira desesperada pra ir embora.
Gaby – “Bom, Dr. Acho que já resolvemos o problema não é, meu amor? Vamos? Estou morta de fome. Obrigada, viu, Alberto. Vou comprar os remédios.”
Bernie não teve nem tempo de dizer nada, Gaby já estava saindo do consultório. E só conseguiu dizer mais um obrigado ao amigo e médico.
Quando já estavam no carro Gaby começou a rir. Era um riso descontrolado, que mais parecia de nervosismo, mas que mesmo assim era gostoso.
Bernie – “Está rindo do que?”
Gaby – “De como você é bobo. Você só pensa em sexo? Jura?”
Bernie – “Claro que não. Penso em você... Ta, em você fazendo sexo comigo.Mas o que tem de mal nisso?”
Os dois caíram na gargalhada. Entraram no restaurante mais uma vez e por fim conseguiram almoçar. No final os dois já estavam colados, trocando beijos apaixonados.
Gaby – “Você não acha estranho?”
Bernie – “Estranho o que?”
Gaby – “A gente ser casado e mesmo assim ter esse... não sei explicar. Somos casados, mas parecemos namorados no inicio do namoro.”
Bernie – “Isso não é estranho. Você mal pode esperar a surpresa do dia 5.”
Capítulo 9
Capítulo 10
Gaby – “Tem certeza que o carro não era a surpresa?”
Bernie – “Gaby, por favor né... eu sei muito bem quais as surpresas que preparo. A gente no carro foi desejo puro. Vontade de ter você ali e naquela hora.”
Gaby - “Como que você pode me dizer isso assim? Bernie, você sabe que eu passei mal por sua causa né?”
Os dois deram uma gargalhada tão grande que até quem estava sentado nas mesas próximas virou para olhar o casal se divertindo depois do almoço.
Bernie – “Vamos? Se não vamos nos atrasar para a surpresa do dia.”
Gaby – “Vamos, que as comprar que fizemos no mercado já devem estar estragando.”
Bernie – “Nem vem que eu não volto no mercado com você. Não mesmo!”
Gaby riu e levantou-se da mesa. Bernie já tinha pago tudo e como cavalheiro, abriu a porta do carro para que Gaby entrasse. Rápidamente com o celular na mão ele fez uma chamada bem rápida, mas Gaby percebeu e não perdeu a oportunidade de perguntar à ele o que ele estava aprontando.
Bernie – “Não era ninguém, Gaby. Pensei que o celular estava tocando, mas me enganei, só isso.”
Gaby – “Você sabe que eu detesto mentiras, certo?”
Sorrindo e sem nenhuma preocupação ele arrancou um beijo da sua amada e concordou. Apesar de toda confiança que tinha no seu marido, Gaby não pode evitar certos pensamentos. Afinal de contas, porque ele não quis dizer quem era no telefone?
Chegando em casa, Bernie pediu que Gaby subisse para o quarto para descansar. Ela ainda não sabia, mas a noite seria bem mais agitada do que as últimas noites naquela casa.
Gaby – “Meu amor, você sabe que eu estou sob cuidados né? Bom, não necessariamente, mas não to muito a vontade de fazer... você sabe. Os últimos dias tem sido tão maravilhosos, mas as noites me deixam exaustas. Não sei se isso é bom."
Bernie – “Não se preocupe, minha linda. Você sabe que eu não faria nada que pudesse te fazer sentir mal... exceto o lance do carro.”
Os dois caíram na gargalhada. Bernie colocou a mão de leve no rosto de Gaby e abriu um lindo sorriso, olhando nos olhos dela.
Bernie – “Sobe pra descansar, minha vida. Descansa que a noite você vai gastar bastante energia, mas não com o que você está pensando. Safada.! “
Gaby – “SAFADA? Kkkkk Acho que esse adjetivo é seu.”
Bernie – “Esse adjetivo é nosso!”
Os dois riram, Gaby deu um beijo carinhoso no seu amado e subiu, realmente estava cansada. Logo que deitou na cama apagou. Só conseguiu acordar com a voz de Bernie chamando seu nome.
Ela sentiu que ele estava bem perto. Deitado na cama ao lado dela. Já estava escuro, mas Gaby não tinha a mínima noção de horários.
Bernie – “Meu amor, já são oito da noite. Não queria te acordar, mas se você não levantar, não vai ter a surpresa do dia de hoje.”
Gaby – “Bernie, como você me deixou dormir até essa hora? Dormi demais.”
Bernie – “Ué, Gaby. Não ia te acordar né. Depois você fica ai falando que eu que sou culpado de você passar mal...”
Gaby – “Mas como é carente esse homem!”
Ela sentou na cama e Bernie chegou bem pertinho. Abriu um sorriso e, com delicadeza, beijou sua mulher. Em pouco tempo o beijo já tinha ganhado um ar mais caliente. Gaby se animou com o beijo e gemeu, Bernie então foi jogando o seu corpo pra frente, fazendo com que ela voltasse a deitar na cama.
Gaby – “ MMM.. Berni... Não. Se a gente não parar agora, sabe que não vamos ter o ‘Dia 5’ então, trate de se recompor. Quero a minha surpresa.”
Ainda meio frustrado, Bernie levantou da cama.
Bernie – “Você tem razão. Ainda mais hoje que não cabe só a mim decidir.”
Gaby – “Como assim? Vamos encontrar alguém?”
Bernie – “Sim.”
Gaby – “Quem, meu amor?”
Bernie – “Quando chegarmos lá, você vai saber. Só não sei se você vai gostar.”
Gaby ficou receosa. Fechou a cara por alguns minutos, mas Bernie nem viu. Estava futucando o guarda roupa para achar uma roupa pra Gaby, afinal de contas ele já estava pronto.
Bernie – “Achei!”
Gaby – “O que Bernie?” - Disse ela com uma voz um tanto quanto irritada.
Bernie – “Quero que você use esse vestido hoje.”
Gaby – “Posso até usar” – Ela ainda estava irritada. – “Mas quem é essa pessoa que nós vamos encontrar? Me fala agora.”
Capítulo 11
Bernie – “Primeiro você se veste. Depois a gente conversa.”
Com um sorriso no rosto, Bernie deu um selinho e saiu do quarto antes que Gaby pudesse contestar, reclamar ou, sequer dizer alguma coisa.
Ela vestiu a roupa bem rápido. A raiva crescia dentro dela. Desde que o nome “Roberta” foi mencionado, Gaby não tirava da cabeça que poderia ser ela, que Bernie poderia tentar uma conciliação, talvez... Só de pensar naquela garota, Gaby já tinha a cabeça fervendo. Antes que tivesse outra crise como a que provocou o desmaio mais cedo, Gaby respirou fundo e tentou se acalmar, se arrumou rápido, mas ao mesmo tempo com todos os truques que ela sabia que deixava Bernie enlouquecido.
“Pois bem, Bernie. Vamos ver se você vai ter olhos para a ‘Roberta’ enquanto estiver comigo.”
Batom, cabelo solto e jogado pro lado (deixando seu pescoço à mostra), Perfume especial e sem calcinha. Gaby usou quase todas as armas que tinha pra provocar a reação desejada em Bernie. Ela desceu as escadas bem devagar, o barulho do salto indicou a Bernie que ela estava chegando. Se alguém estivesse olhando a cara dele naquele momento riria com certeza. O homem ficou paralisado.
Gaby – “Não vai falar nada?”
Bernie – “é... V... Você está muito linda, meu amor.”
Gaby – “Vamos logo.”
Bernie percebeu que tinha alguma coisa de errado, mas não quis estragar a noite. Os dois entraram no carro e Bernie ligo o som, olhou pra Gaby, mas ela estava olhando para o outro lado. Ele fez uma cara meio triste e seguiu o caminho. Quando os dois estavam quase chegando, Bernie parou o carro para atender o telefone.
Bernie – “E ai. Onde você está? Ah, que ótimo. Já estamos chegando.”
Quando ele desligou o telefone, Gaby ficou esperando que ele saísse com o carro, mas ele não o fez.
Bernie – “Gaby, o que está acontecendo? Poxa, eu to te trazendo ra curtir uma noite, te fazer mais uma surpresa e você está com essa cara.”
Depois do que Bernie falou Gaby se sentiu mal. No final das contas ela nem sabia quem estava esperando por eles, teve uma crise de ciúmes e apagou a possibilidade de ser outra pessoa.
Gaby – “Ai meu amor, desculpa. Você está fazendo tanta coisa pra me ver feliz. Me desculpa mesmo. Acho que foi uma crise besta de ciúme.Não vai acontecer de novo.”
Bernie – “Oi? Ciúme? Como assim? Eu não fiz nada.”
Gaby – “Ai, esquece. É que eu botei na cabeça que você tinha chamado a ... a Roberta. Pronto. Falei.”
Bernie – “Gaby, como você acha que eu vou chamar a Roberta pra curtir a noite com a gente?”
Gaby – “Já sei, não tem nada a ver. Desculpa.”
Bernie – “Acho que agora você vai ter que me pedir desculpas de verdade.”
Gaby – “Ay meu amor, me perdoa. Desculpa. Desculpa mesmo.”
Com um sorriso bobo e saliente, Bernie negava com a cabeça.
Bernie – “Não é esse tipo de desculpas que eu to querendo.”
A cara dele falou por si só. Ela não acreditava que ele estava pedindo aquilo de novo.
Gaby – “Bernie, já fizemos isso hoje. Eu não acredi...”
Não, ele não a beijou. Gaby perdeu o ar com as mãos do seu marido que passaram na barra do vestido que estava no joelho de Gaby. Aos poucos ele foi subindo a mão. O coração acelerou, ela se arrepiou, mas antes de se entregar às carícias, lembrou que estava sem calcinha. Os olhos dela que já estavam fechados se abriram rapidamente e seu corpo que estava mole deu um salto no baco do carro.
Gaby – “Bernie, essa brincadeira é perigosa, e se alguém passar aqui. Sei bom onde seus dedos queriam chegar.”
Bernie – “Gaby, o vidro é fume. De fora ninguém vai ver a gente. Vai, se deixa levar. Não vamos terminar os trabalhos aqui, eu prometo. A propósito, hoje não vamos terminar os trabalhos. Quero só aproveitar seu corpo assim, lindo, ver seus olhos se revirando com um toque meu, sentir suas mãos me dando prazer. Ah, meu amor, é tão bom sentir que você me quer só pra você. Esse seu ciúme me excitou, o que eu posso fazer?”
Sem palavras, Gaby também ficou excitada com o que Bernie falou. Ela não sabia o que dizer, mas sabia que uma brincadeira erótica naquele momento em que os dois estavam no ponto, era muito bem vinda.
Com Calma, ela pegou a mão de Bernie e a colocou na parte de dentro da coxa. Bernie chegou mais perto de Gaby e sussurrou ao pé do ouvido
Bernie – “Te desejo muito. Desejo você. A minha mulher. Eu quero você, só você, Gaby. Só você.”
Ela sentiu um arrepio. Os dedos de Bernie deixavam ela louca, mas o que fez seu corpo reagir foram as palavras que ele disse. Aquele era o homem dela, o marido, o amante, o amigo e o companheiro. Gaby se entregou totalmente ao momento, mas esse momento não durou muito. Aos poucos, Bernie reduziu o ritmo dos dedos e Gaby abriu o olho.
Bernie – “É melhor não abusar.”
Gaby – “Você tem razão.”
Bernie chupou o próprio dedo e logo depois beijou a sua amada. Enquanto ele voltava a dirigir, Gaby se recompôs e em menos de 5 minutos, os dois já estavam no estacionamento próximo à boate.
“AMIGAAAAAAAAAAAAAAAAAA”
Aquele grito ecoou e Gaby abriu um sorriso.
Gaby – “Caroooool. Não acredito que você está aqui!!!”
Carol – “Mas é claaaro. Seu macho me chamou, aqui estou.”
Gaby morria de rir da maneira como a amiga falava.
Bernie – “E então? Vamos subir? A noite está só começando.”
Capítulo 12
Carol estava acompanhada de seu noivo. Juan era um homem tímido, e até ele estava animado com a noitada. Os dois casais sentaram-se numa mesa reservada. A música agitada da boate dava um ar mais animado à noite e, embora tivesse que conversar aos gritos, Gaby e Carol não pararam de conversar a noite inteira.
Gaby – “Eu não acredito que você está aqui!”
Carol – “Pois é... Eu te liguei pra avisar que vinha, mas ai o Bernie atendeu e ai combinamos de ontem pra hoje.”
Gaby olhou para Bernie e ele sorriu.
Bernie – “Ué... você estava tomando banho ontem, a gente já ia vir pra boate hoje mesmo, convidei a Carol e o Juan pra fazer parte da surpresa.”
Gaby – “Bernie, você não existe.”
Carol – “Blá blá blá... mesmo discurso de sempre. Deixa o homem inexistente ai e vamos dançar, amiga.”
Todos na mesa gargalharam. Gaby e Carol foram para a pista de dança, mas os homens ficaram da mesa bebendo e olhando as duas mulheres mais lindas da boate dançando.
Juan – “Mas e ai, cara. A Carol falou que você vai precisar viajar, né?”
Bernie – “Pois é. Minha mãe precisa fazer um tratamento complicado e meu pai já não tem mais o mesmo pique né. Ai eu vou pra lá... são só 5 meses.”
Juan – “Poxa, eu pensei que a Gaby fosse com você.”
Bernie – “Ela queria ir. Mas apareceu uma oportunidade, ai ela vai começar a estudar pra novela. Ainda tem workshop, caracterização de personagem... Tudo isso que precisa ser feito nos próximos meses. Por conta disso não vai dar.”
Juan- “Aaah, mas vai dar tudo certo. 5 Meses passam rápido. Você vai ver!”
Bernie - " Passa sim."
O sorriso sumiu do rosto dos dois quando viram dois homens dançando e olhando para Gaby e Carol. Bernie e Juan decidiram ir até lá, já que era visível o incômodo das duas.
Juan - "Vem, meu amor. Vamos no bar beber alguma coisa?"
Juan puxou Carol com carinho, mas encarava um dos dois homens. Carol saiu logo de perto e levou Juan com ela até o bar. Mas Bernie ficou por lá, abraçou Gaby pela cintura e continuou de cara fechada.
Gaby - "Bernie? Esquece eles."
Bernie - "Como vou esquecer?"
Gaby - "Assim..."
Sem que Bernie esperasse, Gaby deu um beijo daqueles de tirar o folego. Envolveu seus braços no pescoço dele, logo uma das mãos dela estava entre os fios do cabelo de Bernie. Ela sentiu os braços dele apertando ainda mais a cintura, sentiu o seu corpo estremecer. Gemeu bem de leve e suspirou. Logo que os dois se entreolharam, Bernie abriu um sorriso.
Bernie – “Vamos aproveitar a noite ta bom? Até porque você precisa entender o que vai fazer da 5ª surpresa uma surpresa especial!”
Bernie piscou o olho para Carol e ela acenou para o DJ que começou a tocar uma música suave, romântica... Gaby conhecia aquela música, mas não conseguia se lembrar de onde.
Uma batida melosa deixou os dois mais próximos, se é que isso era possível, Bernie fechou os olhos e sorriu. Era doce lembrar o passado e foi melhor ainda abrir os olhos e descobrir que ela estava ali, a mulher da sua vida. Os dois dançavam colados, quase sem tirar os pés do chão... o corpo mexia no ritmo delicioso da música.
Gaby se afastou um pouco para olhar o rosto do seu amado.
Gaby – “O que foi essa piscadinha hein, Marido?”
Bernie – “Você conhece essa música?” – Gaby afirmou com a cabeça – “Mas eu te garanto que você não lembra da onde né?”
Gaby – “Realmente não lembro. Mas eu sei que já escutei.”
Bernie – “Dia 5: Nosso primeiro beijo!”
Quando Gaby escutou aquelas palavras seu coração se apertou. Ela havia mencionado várias vezes que sofria por não lembrar como foi o primeiro beijo dos dois, na ocasião ela estava bêbada e no dia seguinte mal lembrou o que rolou entre ela e Bernie.
Bernie – “Sei que você não se lembra, mas do meu jeito eu esto aqui pra te contar. Estávamos dançando assim, agarradinhos, você estava muito bêbada, mas dançava bem, a gente dançava devagar. Você, então, começou a reclamar comigo do Carlos. Eu juro que eu tentei te afastar de mim, estava louco pra te beijar e sofria demais com tudo o que você estava sentindo. Então, você foi chegando a cabeça pra trás e o meu coração acelerou...”
Sem falar nada, Gaby começou a fazer exatamente o que ele contava a ela.
Bernie – “... Você chegou mais pra trás, olhou no meu olho, a gente colou a testa, depois o nariz e ai eu não resisti. Eu te beijei naquela noite.”
Gaby – “E quem não resiste hoje sou eu.”
Com uma certa calma, Gaby o beijou. O beijo foi diferente. A situação toda trazia uma nostalgia e o beijo veio com gosto de número um. Os dois ficaram assim por um tempo que quando tiveram tempo de falar, veiram as brincadeiras.
Bernie – “E ai então você riu bastante e disse que eu beijava muito bem.”
Gaby – “Nessa parte eu já não sei se acredito...”
A balada já estava no final e o relógio estava marcando 3:45 da manhã. Gaby e Carol, que já tinham voltado para a pista de dança, perceberam que Juan se aproximava delas com a bolsa de Carol. Era hora de ir.
Juan – “Vamos, gata? Já está tarde e nossa casa não é tão perto.”
Gaby – “Por que vocês não ficam com a gente? Amanhã de manhã vocês vão.”
Carol – “Nem pensar. E atrapalhar a noite do casal mais fofo do mundo?” – Carol Ria.
Juan – “Obrigada, Gaby. Mas a gente já veio preparado pra voltar e eu sabia que voltaríamos tarde. Ninguém segura essa mulher aqui.”
Gaby sorriu ao ver Juan abraçando Carol. Os dois realmente gostavam um do outro, era visível.
Já passavam das cinco da manhã quando Gaby e Bernie chegaram no hotel que ficava a poucos metros da Boate. Normalmente quando acontecia dos dois beberem, eles pegavam um taxi, mas Bernie estava cansado e não queria mesmo pegar todo o caminho pra casa, então os dois decidiram dormir no hotel.
Ao acordarem, Gaby percebeu que já passavam das 12h. Apesar da felicidade de estar perto de Bernie, Gaby lembrou-se de que somente faltavam dois dias. Bernie viu a tristeza no olhar da amada e a abraçou, as vezes não adiantava falar que a tristeza não ia embora.
Os dois tomaram banho juntinhos, sem sexo, afinal de contas Gaby tinha que descansar... com certeza quando chegassem em casa ele ia querer, e eles precisavam tomar cuidado com tudo o que o médico falou.
Ao chegarem em casa Gaby achou algo de estranho. Claramente viram alguém na casa. O que será que estava acontecendo. Gaby olhou pra Bernie e viu que ele também não sabia o que estava rolando. Gaby mal podia imaginar quem estava na casa.
Capítulo 13
Gaby – “Eu não acredito que ela está aqui em casa, Bernie.”
Bernie arregalou o olho, sabia que estava encrencado.
Bernie – “Eu juro que não sabia que ela estava aqui. Você viu quando eu liguei, só pedi pra ela vir arrumar aquela bagunça naquele dia. Não sei o que a Roberta ta fazendo aqui, eu juro.”
Com os olhos de raiva, Gaby olhou para Bernie e acenou com a cabeça pra que ele entrasse na casa primeiro. Faltavam só dois dias e Gaby realmente não queria aquela companhia nesses últimos dias. Ao entrarem na casa os dois e depararam com as malas de Bernie já prontas e Roberta dançando enquanto limpava a casa. E Gaby que pensou que não podia se irritar mais, começou a ferver.
Bernie – “Roberta? O que você está fazendo aqui?”
Com a sínica que sempre foi, Roberta fingiu que estava surpresa e logo correu para abraçar Bernie, e mesmo ele não tendo correspondido ao abraço, Roberta ficou feliz por ter visto a cara irritada de Gaby.
Bernie – “Eu te fiz uma pergunta. O que você está fazendo aqui? Eu não liguei pra você vir.”
Roberta – “Me desculpe. Sei disso. Mas minha mãe comentou que você ia viajar e que ia precisa de ajuda com as malas, decidi vir fazer esse agrado.” – Disse ela com um sorriso malicioso.
Gaby – “Ay era só o que me faltava!”
Bernie – “Roberta, escuta aqui. Você é empregada, não dona da casa. Se você tem as chaves daqui é porque eu confio o suficiente na sua mão pra acreditar que não vou ter esse tipo de surpresa. Você entrou na nossa casa sem permissão, mexeu nas minhas coisas sem permissão e ainda está achando que está certa?”
Definitivamente essa não era a sensação que Roberta queria trazer. Ela pensou que Bernie fosse ficar feliz e , claro, Gaby ficaria irritada. Mas depois do que Bernie falou, Gaby ficou até com vontade de rir. Ela sabia que ele nunca tinha sido rude assim com a empregada, mas realmente dessa vez a menina tinha passado dos limites
Ainda tentando mudar o jogo ao seu favor, Roberta forçou umas lágrimas que quase rolaram pelo seu rosto, mas Bernie não se deixou manipular, porém aliviou um pouco pra ela.
Bernie – “Olha, Roberta. Te agradeço muito você ter vindo me ajudar, mas eu não preciso da sua ajuda. Quando eu precisei eu liguei pra você, não foi? Então eu te peço que vá embora e que me devolva as chaves... pelos próximos 5 meses essa casa é responsabilidade da minha mulher e eu não quero que ela se aborreça com esse tipo de atitude sua.”
Roberta já não tinha mais lágrimas nos olhos, tinha raiva. Ela olhou para Gaby que tinha um leve sorriso no rosto, e entregou as chaves à Bernie. Pediu desculpas e saiu sem olhar pra mais ninguém.
Gaby – “Ay meu amoooooor... Você leu a minha mente. Vou ficar muito mais tranquila sabendo que ela não tem mais a chave daqui. Só de pensar que ela mexeu nas nossas coisas...”
Gaby começou a se exaltar de novo quando Bernie segurou no rosto dela e a beijou. O beijo começou leve, não tinha a intensão de se estender, mas o calor do momento e a saudade precoce fez com que os dois continuassem aquele beijo por mais um tempo. A mão de Bernie desceu até a cintura da sua amada e ele puxou com uma certa força. Gaby gemeu. Ela então levou a mão aos cabelos de Bernie e investiu ainda mais no beijo.
Era o penúltimo dia dos dois juntos, e mesmo com as indicações médicas para poupar Gaby de um possível mal estar, o tesão dos dois estava à flor da pele e por mais que Bernie lutasse pra não se render, não teve jeito, os dois acabaram na cama e com um sorriso no rosto.
Bernie – “Você atrapalhou os meus planos!”
Gaby – “Não me venha com essa. Eu não tenho culpa de nada.”
Os dois riram e depois Bernie explicou que a surpresa do dia não seria em casa, mas que ele já tinha desistido. Só queria saber de ficar com ela na cama, agarradinho.
A tarde caía e um certo frio tomou conta do quarto... Gaby estava saindo de um banho quente e correu só de calcinha e sutiã até a cama e se enfiou embaixo da coberta. Bernie que estava quase dormindo despertou quando sentiu o pé gelado de Gaby. Ele não pode evitar e riu. Seu corpo estava quente e isso deu ainda mais vontade à Gaby de abraçar aquele homem.
Bernie – “Você não tem jeito, né? Quantas vezes eu já te falei pra não tomar um banho tão quente assim?”
Gaby – “Ay meu amor, ta frio. Não dava pra tomar um banho morno... tem que ser BEEEEEM quente pra dar aquele prazerzinho. Se eu pudesse ficava 1h no banho.”
Bernie – “Você realmente não tem jeito. EU DESISTO. Vem” - E estendendo os braços, Bernie deixou caminho livre pra ela pegar um pouco daquele calor.
A sensação era tão deliciosa que Gaby não conseguiu ficar parada. Ela sentiu o seu corpo esquentando e ainda melhor, sentir o corpo de Bernie no dela. Ela se mexia inquieta com o prazer e a felicidade que o momento lhe deu. Como era bom estar nos braços do seu amado...
Ela olhou nos olhos do seu amado. Aquele olhar era diferente de tudo. Até hoje Gaby não entende como um olhar pode deixar ela tão segura de si. Os dois passaram quase uma hora e meia somente nos beijos quentes embaixo da coberta... só abraçados, agarradinhos, cobertos e envolvidos com tantos beijos.
Bernie – “Já que a minha surpresa não vai poder ser a que eu queria eu tenho outra.”
Gaby – “Meu amor, não precisa. A gente ta aqui, agarradinho, juntinho. Ta tão bom!”
Bernie – “Eu quero fazer isso. Pode ser? Vamos, se veste. Te encontro na sala em 15 min. Não vamos sair. Mas hoje é o dia 6!”
Ele piscou para Gaby e saiu do quarto com um sorriso. Sorriso de quem sabia que a noite e a surpresa iriam agradar e muito.
Pouco tempo depois Bernie viu Gaby descendo as escadas.
Bernie – “E então? Pronta para o dia 6?”
No meio da sala várias almofadas que Gaby não tinha ideia de onde tinham surgido. As Janelas estavam fechadas, mas foi possível escutar a chuva que começou a cair.
Gaby - "Meu Deus. Que tanta almofada é essa ai no chão, meu amor?!"
Bernie sorriu e não disse nada, só mostrou o lugar que tinha reservado para o amor da sua vida. Ela se sentou e esticou as pernas. Apoiou as costas no sofá e as almofadas espalhadas pelo chão deixaram ela muito confortável. Quando Bernie pegou o cobertor, Gabi sentiu um cheiro de pipoca vindo da cozinha.
Bernie - "Meu amor, vou pegar a pipoca e já venho pra assistirmos umas coisinhas"
Gaby riu. Pela cara que Bernie fez até parecia que iam ver algo mais caliente, mas conhecendo o sue amado ela sabia que não seria nenhum pornô e sim alguma surpresa no mínimo, romântica para a noite do "dia 6".
Quando Bernie voltou, entregou uma tigela de pipoca à Gaby e um copão com refrigerante, Gaby percebeu que no sofá também tinham alguns chocolates e balas.
Bernie - "Meu amor, hoje eu tenho uma proposta pra te fazer. Minha surpresa do dia 6 é uma série. Sei que você já conhece essa série, mas nunca acompanhou todos os episódios. O nome da série é Full House." - Gaby se surpreendeu e sorriu, era uma série bem antiga que a fazia lembrar da sua adolescência - "Sei que você já assistiu, eu também já vi na época que a série estava no ar, mas dessa vez quero fazer com que ela ligue nós dois."
Gaby - "Realmente não estou entendendo o que você quis dizer, mas já gostei da surpresa."
Bernie - "Meu amor, vamos passar um bom tempo afastados, maaaas, você sabe que vamos nos falar todos os dias. Eu estava pensando em coemçarmos a ver essa série hoje e todos os dias, por volta das 21h a gente assiste juntos por telefone. Dessa forma teremos alguns momentos de descontração meus nos dias ruins."
Com um sorriso nos lábios e algumas peuqenas lágrimas nos olhos, Gaby apenas mandou um joinha pra Bernie e só conseguiu falar "You got it, dude!" (Um dos bordões da série). Bernie sorriu, não sabia muito bem o porquê, mas estava emocionado.
O episódio começou. A pipoca acabou quase junto com o primeiro capítulo da série. Sem nem falar nada, Gaby ja deu play no segundo e Bernie pegou o chocolate. Os dois estavam agarradinhos e quentinhos debaixo da coberta. No final do segundo episódio eles já não tinham mais nada pra comer, quando começou o terceiro foi dificil de manter os olhos na tv. O clima debaixo das cobertas começou com um beijo na bochecha que virou um beijo na boca bem carinhoso seguido de um beijo molhado na nuca de Bernie, que logo se arrepiou e os dois começaram a rir.
Bernie - "Essa série fala de família. Uma família bem diferente da que todos chama 'tradicional' e mesmo assim são felizes, assim como a nossa será em breve, seja ela tradicional ou não."
Gaby sorriu e o abraçou. Ele sabia como deixar ela segura de todos os medos que tinha. Depois de um longo beijo, Bernie sumiu dentro do cobertor para poder dar prazer à Gaby. Ela gemeu. Os dois estavam num clima maravilhoso e o tesão falou mais alto. O episódio 3 continuava rolando e os dois nem estavam ligando. Bernie começou a sentir calor e subiu pra beijar a boca da mulher que ele tanto amava. Gaby entrelaçou os seus dedos no cabelo de Bernie e puxou levemente enquanto mordia o lábio deixando ele com mais e mais vontade.
No final do quarto episódio Gaby e Bernie estavam ofegantes, deitados e agarradinhos.
Bernie - "Sabe que a gente vai ter qu assistir a partir do terceiro episódio né?!"
Os dois riram e desligaram a tv. Dormiram na sala mesmo, aquela cama de almofadas estava uma delicia.
No dia seguinte Gaby acordou antes de Bernie. Levantou do chão sem fazer barulho e subiu pro quarto pra tomar um banho. Ela não podia acreditar que na noite do dia seguinte os dois estariam indo para o aeroporto. Sem querer pensar muito nas próximas 48h Gaby se arrumou e desceu sem fazer barulho, mas logo percebeu que Bernie já tinha acordado. Ela escutou ele falando pelo telefone com alguém, mas não conseguia imaginar o que poderia ser.
Bernie - "Não, era pra ser hoje. Eu não acredito que eles te falaram isso. Mas ele me garantiu que as vacinas estavam em dia..."
Gaby se assustou. Será que era alguma coisa com a mãe de Bernie? Sem pensar duas vezes ela desceu as escadas mais rápido e Bernie percebeu que ela estava escutando. Rapidamente arrumou um jeito de desligar o telefone e falou com Gaby como se nada tivesse acontecido.
Gaby - "Que história é essa, Bernie. Eu escutei você falado de vacina no telefone. É alguma coisa com a sua mãe??? Fala, pode falar."
Bernie - "Não, meu amor. Fica tranquila. Era sobre a namorada de um amigo meu que sofreu um acidente e ele tava precisando de algumas coisas... não se preocupa."
A história não poderia ser mais confusa, mas Gaby decidiu não questionar. A tarefa do dia seria dificil. Bernie tinha que arrumar as suas coisas pra viajar. Uma parte já estava pronta, mas ainda tinha muito o que fazer antes da viagem, afinal de contas no dia seguinte eles iriam sair logo pela manhã pra deixar as malas de Gaby na antiga casa dela, onde estava morando sua grande amiga Carol.
O resto do dia foi só beijos, abraços, lágrimas. Gaby fez o almoço e Bernie e a janta, mas no final do dia, quando tudo estava pronto ele parecia triste.
Gaby - "O que foi, meu amor? Vamos, ânimo! Hoje é o dia 7, lembra???"
Bernie - "Eu sei, meu amor. É por isso que estou triste. Não vou poder fazer a surpresa do dia 7 pra você. não hoje. Talvez amanhã"
Gaby - "Tudo bem, meu lindo. Amanhã teremos tempo antes de sair daqui. Carol está esperando a gente só pro almoço."
Bernie - "Eu sei. Antes do almoço você vai ter a sua surpresa ta bem?
Gaby - "Hoje eu acho que a gente podia curtir a noite, o que vc acha?"
Bernie - "Vocêfaz essa cara ai de safadinha, mas o médico foi bem claro com emoções fortes. Lembra?"
Gaby - "Já to vacinada!!! Hoje a gente só vai curtir." - Com um sorriso malicioso Gaby subiu as escadas pro quarto - "Me espera aqui"
Bernie sorriu, adorava quando eles tinham a oportunidade de ter esses momentos.
Em poucos minutos Gaby desceu as escadas com uma lingerie maravilhosa. Bernie Ficou de queixo caído. A calcinha era bem fina.
Bernie - "Você sabe qual é a minha vontade quando vejo você de calcinha fio dental, não sabe????"
Gaby - "Seeeeeeei. Mas hoje você vai ficar na vontade pq essa calcinha é linda e eu quero usar ela mais de uma vez!"
A brincadeira começou. Gaby começou a tirar a roupa de Bernie ali mesmo. Ele a puxou e segurou ela no colo. Gaby gemeu enquanto ele andava em direção à parede. Gaby sentiu a parede gelada nas costas e jogou o peito pra frente na intenção de tirar a pele daquela parede fria, mas Bernie a empurrou de novo, dessa vez com mais força e quase arrancando o sutiã com a boca. Gabriela segurava no pescoço dele e jogava a cabeça pra trás de tanto prazer. Quando ela achou que Bernie ia entrar nela, ele colocou ela no chão e pediu que ela esperasse.
Gaby - "Você está falando sério?"
Bernie subiu correndo. Gaby até pensou em ir atrás, mas as pernas estava bambas. Em menos de um minuto ele desceu com o roupão dele. Pediu que ela vestisse e logo que ela colocou, ele a puxou pra fora de casa.
Bernie - "Nossa noite hoje vai ser no nosso esconderijo."
A noite foi longa. Gaby e Bernie pareciam um casal que acabou de se conhecer. Foi maravilhoso, mas como tudo na vida, a noite maravilhosa também acabou.
Gaby acordou com um estrondo horroroso. Cadê Bernie?
Capítulo 14
Gaby – “ Bernie!!!"
Tentando pegar a coisas do chão, Bernie tinha uma expressão de dor e já algumas lágrimas no rosto.
Gaby - "Meu amor, o que houve? Fala comigo? Não me deixa nervosa. O que aconteceu? Respira! Me conta."
Bernie - "Meu amor, me desculpa." - As lágrimas não paravam de descer - "Quando acordei, vi que meu celular estava com 26 chamadas perdidas do meu pai. Acabei de falar com ele. Minha mãe passou mal e o médico está nesse momento providenciando a cirurgia dela o quanto antes."
Gaby estava cada vez mais nervosa, tentou ser forte pra não chorar na frente de Bernie, mas por mais que segurasse algumas lágrimas desceram.
Bernie - "Levantei rápido pra vestir uma roupa e bati com a perna na mesinha. Olha pra isso, derrubei tudo! Tudo espalhado no chão. Agora tem bala em todos os cantos do quarto"
Ele levou as mãos à cabeça, estava desnorteado, não sabia o que fazer. Gaby, vendo como estava o seu amor, respirou fundo e tomou as rédeas da situação. Pegou as roupas de Bernie e deu para que ele pudesse terminar de se arrumar. Antes que ele dissesse qualquer coisa ela fez sinal pra que ficasse calado. Sem demora colocou a mesinha no lugar e pegou cada bala de hortelã no chão. Vestiu o roupão e, com um sorriso no canto da boca deu uma bala para Bernie. Ele sorriu, meio triste pra ela e chupou a bala.
Gaby - "Vamos! Sua mala já está pronta lá na sala. Você vai pro aeroporto e eu vou rezar pra vocÊ conseguir um voo mais cedo."
Os dois saíram Às pressas do esconderijo em direção à casa.
Bernie - "Eu ainda tenho que te deixar na Carol."
Gaby - "Nem precisa se preocupar. Você vai direto pro aeroporto. Eu ainda vou tomar banho, terminar de arrumar as minhas coisas. Faz o que eu to falando. Vou chamar um carro pra te levar. Aliás, ja to chamando."
Bernie não sabia nem mais o que estava fazendo. Parecia que estava tudo no automático. Quando chegaram na casa, foi só o tempo de Gaby colocou a primeira roupa que viu pela frente. O carro já estava chegando. Bernie aguardava na porta ansioso. Logo que Gaby o abraçou os dois viram o carro passar pelo portão. Chegou a hora. A temida hora!
Sem pensar muito, Bernie colocou logo as malas no carro às pressas, mas quando fechou a mala ficou alguns segundos parado. Depois disso caminhou até Gaby e a olhou nos olhos. Os dois estavam chorando, mas mesmo assim um dando força pro outro.
Bernie - "Eu te amo!"
Gaby - "Eu te amo!"
Logo depois um beijo terno. Gaby sentiu a lingua de Bernie bem lenta, ela fez o mesmo. Um beijo lento e com um gosto de hortelã maravilhoso. Aquele gosto fazia ela lembrar de tantas coisas. O beijo acabou, o gosto ficou e a saudade começou a incomodar de verdade antes mesmo de se afastarem. Assim eles se despediram. Bernie entrou no carro e sem parar de olhar para Gaby, ele passou pelo portão rumo ao Peru. Gaby deixou algumas lágrimas escorrerem e decidiu entrar. Não queria saber chorar mais. A ideia era evitar ao máximo qualquer sofrimento.
Quando entrou em casa decidiu ligar o rádio do quarto enquanto ia tomar um banho quente e de preferencia demorado.
Os primeiros acordes de uma musica romântica começaram a tocar. Aquela suavidade a tocou mais do que ela pensou. Definitivamente Gaby não queria chorar, mas aquela musica fez alguma coisa com ela que ela não conseguiu segurar. Ligou o chuveiro e aproveitou pra chorar. Ela percebeu que a musica não era em espanhol e nem ligou pra letra, só escutou a melodia e deixou se levar pelo momento. Chorou tudo o que tinha pra chorar. Ela precisava ser forte, mas naquele momento não queria.
Depois do banho ela fez questão de colocar uma roupa bonita, se maquiar e se sentir bonita. Ligou pra Carol e contou à amiga tudo o que tinha acontecido. Carol chegou a se oferecer para ir busca gaby, mas ela logo disse que não precisava se preocupar que ia terminar de arrumar tudo e ia almoçar com a amiga.
Sozinha na casa, Gaby arrumou a mala e decidiu arrumar o quarto que ainda estava bagunçado. Logo que ela puxou o cobertor da cama escutou alguma coisa caindo no chão. Ela logo viu que era a pulseira que Bernie tinha dado de presente a ela. Chegou a escutar a voz de Bernie ao ler "Estoy aqui" na pulseira. Ela sorriu, sabia que tudo o que ele tinha dado de presente a ela foi um jeito de fazer ela lembrar dos bons momentos sempre que pudesse.
Gaby arrumou o quarto e desceu com a mala até a sala. Ela nem lembrava das almofadas espalhadas pelo chão. Mais uma vez sorriu lembrando da noite anterior. Escutou o telefone tocar e logo que viu que era Bernie atendeu sem demora.
Bernie - "Oi Meu amor. Consegui um voo que sai em 30 minutos. Acabei de falar com emu pai. a Cirurgia da minha mãe vai começar mais ou menos na hora que eu estiver chegando lá no Peru."
Gaby - "Tudo bem, meu amor. Vamos rezar e vai dar tudo certo. Eu não tenho dúvidas disso. Assim que você puder, me manda uma mensagem dizendo como estão as coisas. Eu estou saindo daqui. Vou almoçar com a Carol."
Os dois se despediram e Gaby tratou de arrumar logo a sala e sair.
Assim que ela entrou no carro, deixou a bolsa no banco do lado e nem percebeu que poucos minutos depois, Bernie deixou uma mensagem de texto pra ela. Assim que chegou na sua antiga casa Gaby percebeu que estava morrendo de fome, não tinha comido absolutamente nada naquele dia. Só sentiu o gosto de hortelã direto da boca de Bernie.
Ao entrar no elevador, gaby olhou o celular e se assustou ao perceber que não tinha visto uma mensagem do seu amado.
"Carol está com a sua surpresa do dia 7. Desculpe não poder te dar pessoalmente. Te Amo!"
Com apenas uma mensagem dessas, Bernie deixou a missão de abrir a porta ainda mais dificil. Gaby estava prestes a ver mais um pedacinho do amor que Bernie dividiu em 7 dias.
Ela abriu a porta.
Gaby - "AY MEU DEUS!!!! O dia 7 superou todos os dias!"